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Agricultura familiar fatura R$ 2 bilhões com vendas para produção de biodiesel

Criado em 20/03/13 21h37 e atualizado em 20/03/13 21h49
Por Heloisa Cristaldo Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Airton Medeiros pauta agricultura familiar na Rádio Nacional da Amazônia
Atualmente, cerca de 104 mil estabelecimentos da agricultura familiar, que envolvem mais de 300 mil pessoas, produzem para 41 usinas distribuídas por todo país

Brasília – A agricultura familiar faturou R$ 2 bilhões com a venda de matéria-prima para a produção de biodiesel em 2012, informou hoje (20) o coordenador de Biocombustíveis do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), André Machado, durante a Semana de Bioenergia promovida pela Global Energy Partnership (Gbep) - entidade ligada a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Atualmente, cerca de 104 mil estabelecimentos da agricultura familiar, que envolvem mais de 300 mil pessoas, produzem para 41 usinas distribuídas por todo país. Segundo Machado, o Selo Combustível Social tem ajudado os pequenos agricultores. Isso porque o selo garante alíquotas reduzidas de PIS/Pasep e Cofins, que varia de acordo com a matéria-prima e região de aquisição, para quem comprar um percentual mínimo de matéria-prima dos agricultores familiares e assegurar capacitação e assistência técnica.

Machado ressalta que a medida permite acesso dos agricultures familiares ao mercado brasileiro.“A Região Sul é a área com mais participação da agricultura familiar, representando 35% de toda capacidade nacional. Em seguida, estão as regiões Nordeste e Sudeste, com 30%, seguida por Centro-Oeste e Norte, com 15%. As culturas mais adquiridas são soja, mamona, girassol, dendê e canola”, detalha.

Além da atuação da agricultura familiar, as divergências sobre produção de alimentos e bioenergia foram discutidas durante o encontro. De acordo com o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, José Cabral Sousa Dias, o estímulo ao plantio de cana-de-açúcar para fabricação de etanol fez aumentar em 50% a produção do açúcar no período de 2000 a 2010.

“O Brasil é um dos poucos países em que esse conflito de alimento versus energia não é um problema, dadas as dimensões que o país tem e a distribuição fundiária e populacional”, disse.

Cabral destacou que o etanol também pode ser produzido a partir de resíduos, como o bagaço da cana-de-açúcar, entretanto ainda não é viável economicamente. “Há uma etapa que ainda encarece o processo e várias pesquisas já estão sendo feitas. Para o Brasil, é de grande importância, pois sem aumentar a área plantada, pode-se aumentar até 40% a produção do etanol”, explicou.  

Outra forma de bioenergia é o biodiesel com sebo bovino. “Historicamente, o sebo bovino sempre foi um causador de poluição, pois era jogado fora. Atualmente, 15% de todo biodiesel feito no Brasil vêm do sebo bovino. A bioenergia resolveu um problema, da poluição e desperdício, e aumentou a produção do combustível”.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos, e um dos maiores de biodiesel. De acordo com a Embrapa Agroenergia, estima-se que, entre 1975 e 2011, o consumo de etanol tenha evitado o uso de aproximadamente 330 bilhões de litros de gasolina. O uso do etanol também evitou a emissão de mais de 550 milhões de toneladas de gás carbônico no mesmo período. Atualmente, a participação de combustíveis renováveis na matriz brasileira de transportes chega a cerca de 22%.

Segundo Cabral, a bioenergia é um termo amplo que se refere a qualquer forma de energia renovável produzida a partir de materiais derivados de fontes biológicas. O biodiesel é produzido a partir de óleos ou gorduras com várias matérias-primas possíveis: gorduras animais, óleos vegetais, soja, pinhão manso, girassol e óleo de palma. Como combustível pode ser utilizado em qualquer motor diesel, quando combinado com diesel mineral.

Edição: Carolina Pimentel

Creative Commons - CC BY 3.0

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