one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Notas de real

Imagem:

Compartilhar:

Investimentos têm queda de 5,3% no segundo trimestre

Criado em 29/08/14 13h57 e atualizado em 29/08/14 14h07
Por Vinícius Lisboa Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

O desempenho dos investimentos teve peso na queda da economia brasileira no segundo semestre deste ano, informou hoje (20) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com os primeiros três meses do ano anterior, a Formação Bruta de Capital Fixo, total investido, caiu 5,3%.

Leia mais notícias:

Mantega diz que é preciso mais quedas de PIB para haver certeza de recessão

PIB registra queda de 0,6% no segundo trimestre

Quando relacionados ao resultado do mesmo período do ano passado, os investimentos tiveram retração de 11,2%, o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2009. Em números absolutos, foram investidos R$ 209,8 bilhões.

No primeiro semestre deste ano, a Formação Bruta de Capital Fixo acumula queda de 6,8% e, em 12 meses, comparados aos 12 meses anteriores, registra recuo de 0,7%. A gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque, disse que houve queda entre os principais componentes dos investimentos, a indústria de construção e a de máquinas e equipamentos: "Os insumos consumidos pela construção caíram, e também houve queda do emprego no setor."

Na indústria da construção civil, houve queda de 8,7% na comparação com o ano passado, a pior variação desde o primeiro trimestre de 2002. Quando considerados os três primeiros meses do ano, houve recuo de 2,9%. 

Já a indústria de transformação caiu 5,5%, na comparação com o segundo trimestre de 2013, e 2,4% ante o primeiro deste ano. Além de pesar nos investimentos, o desempenho puxou a queda do setor industrial, que chegou a -1,5% na comparação com janeiro, fevereiro e março de 2014, e a -3,4% na relação com o ano passado. As importações de máquinas e equipamentos também recuaram, assim como os automotivos.

Entre as razões para o mau desempenho, estão a Copa do Mundo, de 12 de junho a 13 de julho, período em que muitas cidades decretaram feriados, e os resultados da indústria automotiva, que, segundo o IBGE, vem sendo prejudicada pela queda nas exportações para a Argentina e a Venezuela e pela baixa renovação da frota.

Outros fatores que pesam sobre o setor neste ano são a volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o aumento da taxa básica de juros (Selic). "A Selic influencia porque bens de capital e de consumo duráveis dependem de financiamento e crédito", disse Rebeca. No segundo trimestre do ano passado, a Selic estava em 7,5% e, neste ano, encontra-se em 10,9%.

Os resultados baixaram a taxa de investimento para 16,5% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), a mais baixa desde 2006.

Editora: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário