one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Refis da Crise impulsiona arrecadação federal em agosto

Criado em 23/09/14 15h11 e atualizado em 23/09/14 17h46
Por Wellton Máximo Edição:Marcos Chagas Fonte:Agência Brasil

O Refis da Crise, programa de renegociação de dívidas de contribuintes com a União, impulsionou o caixa do governo em agosto num cenário de baixo crescimento econômico. Segundo dados divulgados há pouco pela Receita Federal, a arrecadação federal somou R$ 94,378 bilhões no mês passado, alta de 5,54% em relação a agosto do ano passado descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Leia também no Portal EBC:

Inadimplência de empresas cresce acima de 7% pelo quinto mês consecutivo

Reduçao de repasse do Tesouro às elétricas pode impactar conta de luz

O desempenho da arrecadação em agosto reverteu a desaceleração ocorrida nos últimos cinco meses. Nos oito primeiros meses do ano, as receitas da União somam R$ 771,788 bilhões, aumento de 0,64% acima do IPCA em relação ao mesmo período de 2013. Até julho, a arrecadação acumulada em 2014 registrava alta real de 0,01%.

Mesmo com o reforço do Refis da Crise, a arrecadação com a reabertura do parcelamento especial veio abaixo do esperado. O programa arrecadou R$ 7,130 bilhões com o pagamento da primeira parcela em agosto. Originalmente, o governo esperava arrecadar de R$ 13 bilhões a R$ 14 bilhões em agosto, mais R$ 4 bilhões a R$ 5 bilhões até dezembro.

A arrecadação federal, em agosto, foi recorde para o mês apenas por causa do parcelamento especial. Sem a reabertura do Refis da Crise, a arrecadação teria queda real (considerando o IPCA) de 2,43% no mês passado em relação a agosto de 2013.

Em 2014, a arrecadação tem sido influenciada pelo baixo crescimento da economia, pelo menor número de dias úteis decorrente da Copa do Mundo e por decisões judiciais. A receita da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social (PIS), tributos ligados ao faturamento, caiu 3,66% de janeiro a agosto descontando o IPCA. A queda reflete principalmente a decisão do Supremo Tribunal Federal de diminuir a base de cálculo do PIS e do Cofins das mercadorias importadas.

A menor lucratividade das empresas acarretou a queda real da receita de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), cuja arrecadação diminuiu 1,66% nos oito primeiros meses do ano considerando a inflação oficial. Das principais categorias de tributos, somente a receita previdenciária registra alta no ano. Por causa da formalização do mercado de trabalho, as contribuições previdenciárias acumulam alta real de 1,89%.

As desonerações também contribuíram para o baixo crescimento da arrecadação em 2014. Segundo a Receita Federal, o governo deixou de arrecadar, com medidas de redução de tributos, R$ 67,199 bilhões, de janeiro a agosto, 36,9% a mais que no mesmo período do ano passado. Os principais fatores que ampliaram a renúncia fiscal foram a inclusão de setores na desoneração da folha de pagamento, a redução a zero dos tributos federais sobre a cesta básica e a desoneração de nafta e álcool.

Editor: Marcos Chagas

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário