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Economista avalia como factível meta de superávit primário para 2015
Criado em 27/11/14 18h24
e atualizado em 27/11/14 18h47
Por Alana Gandra
Edição:Armando Cardoso
Fonte:Agência Brasil
Professor de economia internacional da Universidade Federal Fluminense (UFF) e dos MBAs da Fundação Getulio Vargas, o economista André Nassif avaliou como factível a meta de 1,2% de superávit primário - economia para pagar os juros da dívida pública-, anunciada hoje (27) para 2015 pelo novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “É factível porque o Brasil está crescendo muito pouco”, salientou.
O anúncio foi recebido por Nassif como “grata e benéfica” surpresa. “Levy está apresentando algo que é exequível e faz isso de forma transparente. O mercado sabe que ele é um gestor sério e competente. Ou seja, o que está propondo vai apresentar resultado. Ao mesmo tempo, isto significa uma meta fiscal que pode ser alcançada e não comprometerá seriamente o crescimento brasileiro, que já está realmente baixo”. O professor estimou que o crescimento do Brasil este ano ficará próximo de zero.
Pessoalmente, Nassif preferia que Nelson Barbosa assumisse o Ministério da Fazenda, onde foi secretário executivo.“Barbosa é um desenvolvimentista moderado”. Avaliou que Levy na Fazenda objetiva dar um sinal mais conservador ao mercado.
O economista ponderou que as estabilidades fiscal e inflacionária são condições necessárias, mas não suficientes para garantir a retomada do crescimento sustentável. Reconheceu que uma política fiscal conservadora é importante para resgatar a confiança, trajetória de queda da dívida e garantir espaço para o Banco Central reduzir os juros.
“Mas se for exageradamente conservadora, o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Ou seja, pode trazer estabilidade, mas não necessariamente o crescimento”, acrescentou André Nassif.
Editor Armando Cardoso
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