one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Indústria brasileira encerra 2014 com maioria dos indicadores em queda

Criado em 03/02/15 16h51 e atualizado em 03/02/15 17h34
Por Mariana Branco Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil

O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, apresenta os Indicadores Industriais de dezembro e os dados consolidados do ano de 2014 (José Cruz/Agência Brasil)

Para o gerente executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, o quadro da indústria para 2014 é negativo e preocupante (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A indústria brasileira encerrou 2014 com a maior parte dos indicadores em queda, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje (3), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em 12 meses, o faturamento real, horas trabalhadas e emprego recuaram em relação a 2013.

As quedas foram, respectivamente, de 1,8%, 3,7% e 0,7%. De acordo com o levantamento da CNI, apenas a massa salarial e o rendimento médio reais cresceram 1,5% e 2,3% no ano passado.

A CNI informou que os dados são os mais fracos desde 2009 para todos os indicadores, com exceção do rendimento médio real.

“O quadro da indústria para 2014 é bastante negativo e preocupante. Reflete todas as dificuldades que as empresas brasileiras estão tendo, de competição de produtos importados. O consumo já não mostra o vigor de antes. O ano de 2014 foi de queda do investimento”, destacou Flávio Castelo Branco, gerente de Políticas Econômicas da CNI.

Avaliando apenas o mês de dezembro, a totalidade dos indicadores caíram em relação a igual período de 2013. O recuo mais expressivo ocorreu nas horas trabalhadas. O dado, que mede o ritmo da produção industrial, caiu 7% no período.

Comparando-se dezembro com novembro de 2014, as horas trabalhadas na produção industrial caíram 3,3%, enquanto o faturamento real recuou 3,1%. O emprego foi o único indicador a apresentar variação positiva no período, de 0,4%.

“O que observamos em dezembro é a continuidade da contração na indústria, o que verificamos ao longo de 2014. A retração das horas trabalhadas e do faturamento é bastante aguda. São números nada triviais”, comentou Flávio Castelo Branco. Com relação ao emprego, ele destacou que o crescimento mensal é pequeno e que, a longo prazo, o cenário é de queda.

A pesquisa também mostrou a utilização da capacidade instalada no fim de 2014, que atingiu 81% em dezembro, contra 80,9% em novembro do ano passado e 81,7% no mesmo mês de 2013. A CNI avaliou que, “embora não tenha se contraído no mês, a utilização da capacidade instalada sugere desaquecimento do parque fabril”.

Segundo Flávio Castelo Branco, a expectativa para os primeiros meses de 2015 é continuidade do cenário desfavorável.

“As expectativas que a economia possa mostrar reação são relativamente distantes do mundo de hoje. O aumento da tributação e a elevação das taxas de juro agravam as dificuldades do setor industrial. Esperamos que [as medidas de ajuste fiscal] venham acompanhadas paulatinamente de medidas de mais estímulo”, disse.

Castelo Branco acrescentou que uma possível reação da indústria só deve ocorrer a partir do segundo semestre.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário