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Firjan defende privatização de setores do Estado para reduzir custos

Criado em 02/03/15 21h30 e atualizado em 02/03/15 21h30
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu hoje (2) a privatização de alguns setores do governo brasileiro para reduzir custos, durante almoço em homenagem ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.

O equilíbrio das contas públicas, argumentou o presidente da Firjan, induz à questão mais importante da economia, que é a confiança. “A falta de credibilidade, que é sinônimo da insegurança, não apenas abandona os investidores, mas polui a todos nós aqui”, enfatizou. Segundo ele, na medida em que o Estado precisa fazer um equilíbrio nas suas contas, deve trabalhar para a desoneração da produção.

Referiu-se de modo particular às normas regulamentadoras (NR) do Ministério do Trabalho. “São coisas que, de repente, as empresas ficam mais flexíveis, entendendo que nós temos que pagar uma parte da conta, mas o Estado brasileiro, por outro lado, vai fazer com que os nossos custos de produção possam diminuir", notadamente em relação a custos agregados, explicou.

Ele lembrou que quando há um problema nas empresas, muitas vezes, para fazer o orçamento, as companhias decidem abrir mão de alguns ativos. Nesse sentido, considerou importante que o Estado transmita a necessidade de fazer um choque importante de privatização no país.

“Tem vários ativos que não tem necessidade de o Estado preservar”. Na questão da saúde pública, mencionou que não há relação com a propriedade do imóvel onde está um determinado hospital ou ambulatório. “Se o Estado pesquisar com lupa onde é aquilo que não tem nada a ver com o papel do Estado, e onde o setor privado pode assumir, eu acho que está na hora de pensarmos sobre isso”.

Vieira referiu-se também à elevada carga tributária incidente sobre a indústria de transformação, que equivale à quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) do setor e a duas vezes a média da carga tributária do setor empresarial. Acrescentou que o custo unitário de trabalho subiu em termos reais (descontada a inflação) quase 12% entre 2010 e 2014, principalmente com a estagnação produtiva. A indústria enfrenta ainda o custo de energia elétrica, que poderá subir até 53% em março.

A situação, segundo o presidente da Firjan, requer a atenção dos empresários sobre o papel que o setor tem a desempenhar na atual conjuntura “complicada” que o país vive nos campos político e econômico. “O Brasil pouco cresceu no ano passado, e as perspectivas não são nada brilhantes para este ano”, ressaltou, e adiantou que a repercussão disso é negativa sobre o emprego e a renda.

Gouvêa Vieira referiu-se ainda à crise moral que o país passa e oferece aos empresários o desafio de trazer à mesa de negociação equilíbrio e propostas de diálogo, de forma tranquila. “Para isso, nós temos que entender que o Brasil é mais importante do que essas conjunturas que estamos passando”, enfatizou Na sua opinião, não interessa quem causou as crises. O importante é toda a população se unir para enfrentar, junta, os embaraços que o país está vivendo. “Os empresários têm que dar o exemplo”, concluiu.

 

Editor Stênio Ribeiro
Creative Commons - CC BY 3.0

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