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Lava Jato modificou execução dos planos da Petrobras, reconhece Bendine

Criado em 29/06/15 23h16 e atualizado em 30/06/15 07h10
Por Cristina Índio do Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, reconhece que o processo de investigação das denúncias de desvio de recursos da companhia, na Operação Lava Jato, trouxe consequências na execução dos planos da empresa. Para ele, a representatividade do processo de investigação não é a parte significativa do negócio. No seu entender, a empresa passou por um momento em que precisou parar para se organizar e auxiliar as autoridades no processo investigativo, mas afastou a possibilidade de ter sido o principal fator para a redução dos investimentos no valor de US$ 90,3 bilhões (-37%), conforme definido no Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015-2019 – ou 37% menos que no plano anterior para o período entre 2014 e 2018.

Segundo Bendine, isso acaba trazendo algumas consequências na execução do PNG, mas "mesmo que não houvesse um processo de investigação em curso, a gente teria sim, um impacto muito forte no plano de investimento da empresa".

Diante da condição mercadológica que se impõe, a empresa tem que se adequar, disse ele, e destacou, entre outros fatores, a queda do nível do barril de petróleo no mercado internacional.

Bendine ressaltou que a Petrobras e o país ainda têm necessidade de incrementar o refino para não ficar sujeito à volatilidade cambial na importação. Por isso, a companhia tomou a decisão de concluir o segundo trem de refino da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, com recursos próprios.

Com relação ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), ele adiantou que será dada sequência à obra, também com recursos da empresa, mas o PNG anunciado hoje (29), modifica o perfil de atuação. “A gente vai buscar soluções complementares, mas o Comperj passa a ser uma visão de refinaria. Não temos mais uma visão como polo petroquímico. Pelo menos, neste primeiro momento", destacou. Ele entende que o segmento petroquímico não tem hoje uma atratividade tão grande. Mas, caso esse cenário apresente novo desenho, a diretoria pode reavaliar futuramente, mas o fundamental, no momento, segundo ele, é a ampliação da capacidade de refino da empresa.

Bendine destacou, no entanto, que a nova visão para o complexo não impede que, com parcerias e investidores estratégicos, possa ter uma evolução para um segundo trem, ou mesmo uma expansão do projeto petroquímico, no futuro. “Para o sistema Petrobras, neste momento, nosso foco no Comperj será buscar uma alternativa para a conclusão do primeiro trem”, informou.

Ainda dentro dos planos da empresa, o presidente descartou qualquer possibilidade de novo processo de capitalização da Petrobras.

“Não passa pelo horizonte da empresa, dentro da realidade que temos hoje, e da forma com que elaboramos o plano de negócios, qualquer possibilidade de capitalização da empresa. Vamos trabalhar fortemente no modelo divulgado, na geração de caixa, na busca de eficiência e principalmente na questão de desenvolvimento de novos negócios e uma boa parte em desinvestimento”, assegurou.

Quanto ao preço dos combustíveis, ele disse que a diretoria monitora diariamente o comportamento do mercado internacional e que a estratégia da companhia sempre levará em conta a curva de custos e a política de preços. Segundo ele, a margem desse resultado é positiva atualmente, e não aponta para reajuste dos preços. Ele disse que não há necessidade de majoração de preços, pelo menos no curto prazo.

Sobre a possibilidade de alterações no modelo de partilha, Bendine disse que existe uma discussão no Congresso Nacional e que a Petrobras seguirá o que for determinado na legislação. A Petrobras atende, segundo ele, as recomendações ditas em lei. A regulamentação do mercado de petróleo, acrescentou, cabe ao Estado e não à empresa, não obstante a importância e o tamanho da Petrobras neste mercado, esclareceu.

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