one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

BC: Queda na economia e menor renda levam à desaceleração do crédito

Criado em 30/07/15 12h50 e atualizado em 30/07/15 12h50
Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Atividade econômica em queda, renda corroída pela inflação, aumento do desemprego e redução de investimentos das empresas levaram a um menor ritmo de crescimento das operações de crédito no país. De acordo com dados do Banco Central (BC), o saldo das operações de crédito no país chegou a R$ 3,102 trilhões, em junho, com crescimento de 0,6% no mês e 9,8% em 12 meses. No primeiro semestre deste ano, a expansão ficou em 2,8%, contra o crescimento de 4,2% em igual período de 2014.

Para o ano, a projeção do BC para a expansão do crédito é 9%. No ano passado, o crescimento chegou a 11,2%. Segundo o BC, a desaceleração está relacionada ao aumento de taxas de juros, influenciadas pelo ciclo de alta da taxa básica, a Selic, e à contenção da demanda por consumo e investimentos.

Além desses dois fatores, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, acrescenta que a moderação do crédito é “uma tendência natural” porque anteriormente, por volta de 2002, o saldo dos empréstimos era baixo e houve um período de grande expansão das operações desde então. “Saímos de uma base baixa. À medida que a base se expande, é natural que as taxas de crescimento sejam menores ano a ano. E especificamente neste ano, têm fatores determinantes que são a própria dinâmica da economia e a taxa de juros”, disse.

Maciel citou ainda que, no primeiro semestre do ano, a expansão do crédito costuma ser menor do que no segundo. “É a questão do próprio dinamismo da economia”, acrescentou.

Mesmo com o crédito mais caro, economia, emprego e renda em queda, a inadimplência mostra estabilidade. Em junho, a inadimplência das famílias (pessoas físicas), considerados atrasos superiores a 90 dias, ficou estável de maio para junho em 5,4%. Também ficou estável a inadimplência das empresas em 3,9%.

Maciel considera que essa estabilidade foi influenciada por melhora na educação financeira. “A inadimplência, após o episódio de 2011 e 2012, quando atingiu níveis elevados, mudou a dinâmica. De lá pra cá houve muita exposição na mídia sobre o uso consciente do crédito. As iniciativas de educação financeira aumentaram bastante nos últimos anos”, disse. Maciel acrescentou que os bancos ficaram mais seletivos e cautelosos. “A parcela do bem que está sendo financiado é menor do que era naquele período”, destacou.

O BC também informou hoje (30) que o endividamento das famílias em maio correspondeu a 46,3% da renda acumulada nos últimos 12 meses. O resultado é praticamente estável em relação a abril, com redução de 0,1 ponto percentual. Em 12 meses, houve aumento de 0,7 ponto percentual. Ao se desconsiderar o endividamento com financiamento imobiliário, o percentual de endividamento também caiu 0,1 de abril para maio, e ficou em 27,5%.

Editor Denise Griesinger
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário