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Taxa de desemprego aumenta em setembro na região metropolitana de São Paulo

Criado em 29/10/15 14h30 e atualizado em 29/10/15 14h30
Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Carteira de trabalho

Empregos  com  carteira  assinada  foram  os  que

mais caíram, diz pesquisaArquivo/Agência Brasil

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo subiu em setembro, passando de 13,9% em agosto para 14,2%, revela a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), feita todos os meses pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Divulgada hoje (29), na capital paulista, a pesquisa mostra a oitava queda consecutiva da taxa de desemprego na região.

“Com esses 14,2%, voltamos ao nível de desemprego que tivemos em 2009. Mas, neste ano, o que gerou o maior número de desempregados foi o fato de mais gente ter ido para o mercado de trabalho. Quando temos mais gente no emprego precário ou no desalento, essas pessoas nem procuram, porque acreditam que não vão conseguir. O que temos agora é um grande número de pessoas procurando emprego”, disse o coordenador da equipe de análise da PED pela Fundação Seade, Alexandre Loloian.

Segundo os dados da pesquisa, o contingente de desempregados foi calculado em 1,581 milhão de pessoas, 44 mil a mais do que no mês anterior. Esse número é decorrente de pequeno crescimento do nível de ocupação, com a geração de 33 mil postos de trabalho (+3,0%), insuficiente para absorver o aumento da População Economicamente Ativa (PEA), que registrou 77 mil pessoas ingressando no mercado de trabalho, o equivalente a 0,7%.

Os dados mostram também que, em setembro, o nível de ocupação cresceu 0,3% e o contingente de ocupados foi estimado em 9,550 milhões de pessoas. O resultado pode ser atribuído ao aumento do número de empregados no setor de serviços (0,5%) ou à criação de 29 mil postos de trabalho),e no setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (0,3%) ou geração de 6 mil postos de trabalho). Na construção civil, houve queda de 1% no total de empregos (menos 7 mil vagas) e na indústria de transformação foram menos 4 mil empregos (0,3% a menos).

“A redução no nível de ocupação preocupa porque tem ocorrido de forma muito rápida. Comparando setembro de 2015 com setembro de 2014, o nível de ocupação caiu 3,1%. Igual a esse percentual, só tivemos em setembro de 1992, ano de crise política e econômica. Setembro costuma ser um mês de aumento da ocupação. E faz 11 meses que, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, estamos tendo taxas negativas”, disse Loloian.

A pesquisa mostrou ainda que o número de assalariados ficou estável (-0,2%). No setor privado, houve aumento do total de assalariados sem carteira assinada (1,6%) e estabilidade dos contratados formalmente (0,2%). O contingente de autônomos aumentou 2,2% e o de empregados domésticos, 5%. Nas demais posições, houve queda de 2,3%.

“O que mais tem caído são os bons empregos, aqueles com carteira assinada. E têm aumentado os mais precários: os assalariado sem carteira assinada, os autônomos e os domésticos. Isso é sinal do que estamos vivendo, com as empresas sem confiança no futuro, e aqueles que precisam levar algum dinheiro para casa recorrendo a serviços alternativos”, afirmou o economista.

De acordo com a PED, entre julho e agosto, o rendimento médio real dos ocupados caiu 1,3%, passando a equivaler a R$ 1.976 e o dos assalariados, 2%, passando para R$ 1.901. “Os valores dos rendimentos médios estão 8% menores do que os de setembro do ano passado. Uma queda muito brusca em 12 meses. Isso reflete negativamente no poder de compra dos ocupados, o que resulta em perda de poder de compra em torno de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões”, disse Loloian.

Editor Nádia Franco
Creative Commons - CC BY 3.0

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