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A vice-candidata a presidente na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva, acompanhou o cortejo junto com a família

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Marina Silva afirma compromisso com programa do PSB

Criado em 20/08/14 20h49 e atualizado em 20/08/14 22h00
Por Leandro Melito Fonte: Portal EBC

Brasília - Na sede de seu diretório nacional em Brasília, o PSB (Partido Socialista Brasileiro) oficializou nesta quarta-feira (20) a candidatura de Marina Silva para presidenta tendo como vice Beto Alburquerque (RS). Em sua fala, Marina se comprometeu a seguir o programa de governo estabelecido pelo PSB, antes da morte do candidato Eduardo Campos há uma semana, em um acidente aéreo na cidade de Santos (SP). "Aqui há o sentido do peso dessa responsabilidade, o compromisso com as responsabilidades já assumidas, contruídas ombro a ombro. O encontro com Eduardo durou muito pouco mas se tornou numa referência pessoal e política. Sem Eduardo temos hoje o que sempre nos uniu, a consciência clara de onde pretendemos chegar juntos",  afirmou Marina.

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A candidata recebeu do presidente do PSB, Roberto Amaral, uma carta com os compromissos com a coligação Unidos pelo Brasil e considerou que o crescimento e a sustentação do Partido Socialista é tão importante quanto a formação e oficialização da Rede Sustentabilidade, barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro do ano passado por falta de assinaturas. "Nós juntos temos a responsabilidade de ajudá-lo [PSB] a se erguer após a perda irreparável que sofreu. O PSB me acolheu e faz parte de minha história, assim como eu faço parte de sua história não importa o que ocorrer no improvável futuro", afirmou Marina.

Eduardo Campos

"Eduardo se revelou em sua morte e os brasileiros passaram a conhecê-lo", considerou Marina ao lembrar a expectativa do falecido candidato pelo início da propaganda eleitoral, para que a população passasse a conhecer seu nome. O primeiro programa partidário do PSB, exibido nesta terça-feira (19) foi em homenagem a Eduardo Campos e teve poucas aparições de Marina. "Vi com muita emoção o primeiro programa de TV que levaríamos ao ar e nos tocou profundamente a imagem do abraço", afirmou Marina.

Em um discurso  Marina lamentou "a perda daquele que havíamos escolhido para nos liderar nessa difícil e apaixonante tarefa de mudar o país", que classificou como "não apenas um choque, mas a perda de um verdadeiro líder que não deixava dúvida sobre seus propósitos". A candidata considera que o velório e o sepultamente de Eduardo Campos em Recife foi uma "demonstração de amor e respeito a um político" e "a "afirmativa da dignidade da política".

Biografia

Esta será a segunda vez que Marina Silva concorre ao cargo de presidente da República. Em 2010, então filiada ao Partido Verde (PV), ela também participou do pleito ao Planalto, chegando ao terceiro lugar com 19.636.359 votos, o equivalente a 19,33%. Marina era candidata a vice de Eduardo Campos este ano.

Natural da capital Rio Branco, no Acre, Maria Osmarina Marina da Silva Vaz de Lima nasceu em 1958 e passou a infância e parte da adolescência em um seringal no Acre. Marina foi alfabetizada aos 16 anos e, dez anos depois, se formou em História, pela Universidade Federal do Acre. A candidata também é pós-graduada em Teoria Psicanalítica pela Universidade de Brasília e em Psicopedagogia pela Universidade Católica de Brasília.

Marina começou a vida política ao lado de Chico Mendes – um dos mais influentes ambientalistas de sua época – e, na década de 1980,  participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre. Filiada ao PT, concorreu pela primeira vez a um cargo público em 1986, disputando vaga de deputada federal. Não venceu. Dois anos depois, foi eleita vereadora em Rio Branco. Em 1990, tornou-se deputada estadual do Acre. Já em 1994, tornou-se senadora pelo mesmo estado, sendo reeleita em 2002. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, foi nomeada ministra do Meio Ambiente, permanecendo no cargo até 2008.

Em 2009, deixou o PT e filiou-se ao Partido Verde (PV). Já em 2011, saiu da legenda para criar um partido, o Rede Sustentabilidade. A sigla foi lançada em 2013, mas não conseguiu o número de assinaturas suficientes exigido pela Justiça Eleitoral para ser aprovado para as eleições de 2014. Desta forma, Marina e alguns apoiadores migraram para o PSB a fim de participar do processo eleitoral deste ano. No comando da coligação "Unidos pelo Brasil", Marina defende a transição para a economia de baixo carbono, a redução das desigualdades sociais e a incorporação da inovação tecnológica aos processos produtivos.

O programa de governo do PSB pretende, ainda, construir um modelo de desenvolvimento para o país “mais humano, justo, solidário com as pessoas e com o planeta, com as atuais e com as futuras gerações” e “profundamente comprometido com a democracia e com a sustentabilidade”. Se eleita, a coligação promete também promover a integração do transporte urbano,  priorizando investimentos no transporte coletivo em diferentes modais. “Enfrenta-se, desse modo, a poluição ambiental que é um dos principais problemas urbanos”, diz trecho do programa de governo.

Creative Commons - CC BY 3.0

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