Compartilhar:
Enviado da ONU afirma que Síria aceita trégua temporária
Criado em 24/10/12 15h46
e atualizado em 24/10/12 15h58
Por Télam
O governo sírio aceitou um cessar-fogo temporal em razão da Festa Muçulmana do Sacrifício (Aid al Adha). A trégua será anunciada publicamente até quinta-feira (25), afirmou nesta quarta, o mediador internacional da ONU e Liga Árabe para a Síria, Lajdar Brahimi.
O Ministério do Exterior sírio porém, afirmou que o Exército “ainda está estudando a proposta de trégua” e condicionou que sua posição final será conhecida amanhã, já que os rebeldes não oficializaram nenhuma resposta à proposta do enviado especial.
Leia também:
Enviado da ONU chega à Síria para propor trégua
Assad decreta "anistia geral" que exclui crimes cometidos por terroristas
Segundo Brahimi, durante coletiva de imprensa na sede da Liga Árabe, no Cairo, se a proposta de trégua tiver êxito, “pode ser construído um cessar fogo mais sólido e prolongado, que se enquadre dentro de um processo politico”.
Brahimi fez o anúncio junto ao secretário geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, e membros do chamado “Grupo de Anciãos”, entre os quais se encontram o ex presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter ou a ex presidenta irlandesa Mary Robinson.
O diplomata argelino informou que contatou a alguns dos rebeldes armados que buscam há 19 meses derrubar ao presidente Bashar Al Assad assinalou que “a maioria deles, em princípio, aceitou” também a trégua que deveria começar esta sexta-feira (26).
O mediador internacional para a Síria que precedeu Brahimi, Kofi Annam, também obteve a aceitação das partes em conflito para um cessar fogo em abril, mas ele foi violado de forma sistemática e causou uma série de acusações entre as partes em conflito.
Durante a jornada, Brahimi informará aos membros do Conselho de Segurança da ONU sobre os resultados de sua última ida à regiçao, que terminou com uma visita a Síria e uma reunião com Al Assad.
Brahimi chegou hoje ao Cairo na oitava etapa de uma jornada que incluiu Arabia Saudita, Turquia, Irã Iraque, Jordânia, Líbano e Síria e anunciou que tem em sua agenda uma reunião com o presidente egípcio, Mohammed Mursi.
Deixe seu comentário