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O democrata Barack Obama é considerado o primeiro presidente negro dos EUA

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O que querem Obama e Romney?

Criado em 22/10/12 09h54 e atualizado em 22/10/12 10h23
Por Agência Lusa

Obama e Romney - 2
Obama e Romney enfrentam-se nesta segunda-feira (22) em último debate  (DonkeyHotey/CC)

Nova Iorque, 22 out (Lusa) – O que pensam e quais são as principais propostas dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama e o republicano Mitt Romney?  Da economia à política externa, passando pelos impostos e assuntos sociais, conheça o perfil de cada um um. Os dois enfrentam-se nesta segunda-feira (22) no último debate antes das eleições. Pequisas apontam que eles estão tecnicamente empatados.

Economia

Obama defende estímulo econômico direto do governo, investindo na formação profissional e infraestrutura de transportes, telecomunicações e tecnologias. Do seu plano para criação de empregos, o  'American Jobs Act', passou pelo Congresso apenas uma extensão de benefícios fiscais para trabalhadores, ficando pelo caminho o financiamento federal aos estados e governos locais para contratar mais professores e reparar escolas.

O "Plano de Cinco Pontos" de Romney tem como ideia central "tirar o governo do caminho" dos empresários que criam postos de trabalho, reduzindo impostos e regulação empresarial. O candidato republicano opõe-se mesmo a medidas de estímulo de curto prazo - que considera levarem apenas a mais endividamento - e à intervenção do governo no mercado de habitação.

Impostos

Obama propõe a extensão por um ano dos cortes de impostos da administração Bush, excluindo os grandes contribuintes. No caso de rendimentos superiores a 250 mil dólares, as taxas subiriam, prevendo-se aumento da receita fiscal também taxando a 20 por cento os ganhos de capital e eliminando deduções.

A principal proposta de Romney é uma redução geral de 20 por cento nas taxas, compensada pela eliminação de deduções e créditos fiscais, que o candidato republicano ainda não especificou, prometendo apenas poupar a classe média. Propõe ainda manter todos os cortes da administração Bush, incluindo para os maiores contribuintes; reduzir a carga fiscal das empresas; anular impostos sucessórios e outros, além das taxas sobre dividendos e juros para indivíduos com rendimentos até 100 mil dólares. O ponto mais polêmico é o fim de benefícios fiscais para famílias de baixos rendimentos.

Finanças públicas

Obama pretende nos próximos quatro anos reduzir a despesa do governo federal de 24 por cento do PIB para 22,5 por cento do PIB, baixando o déficit das contas públicas para 3 por cento, sobretudo reduzindo os gastos com Defesa, que Romney quer aumentar.

Num plano de oito a dez anos, a concluir num segundo mandato para que a redução de despesa não tenha um impacto "dramático" na economia, o candidato republicano é mais ambicioso, querendo diminuir para 20 por cento do PIB a despesa governamental, com o maior corte no seguro público de saúde para os mais pobres (Medicaid).

Saúde e segurança social

Obama remete alterações à Segurança Social para um "acordo abrangente" com os republicanos sobre o orçamento federal. A reforma do sistema de Saúde foi a que mais tempo consumiu à administração no primeiro mandato, e a sua implementação é prioritária para os próximos quatro anos.

Mitt Romney propõe mais alterações, começando pelo aumento em dois anos da idade de reforma, atualmente em vias de subir para 67 anos, e reduzindo benefícios mudando a forma de cálculo. Para a Saúde, promete desde o início das primárias republicanas anular e substituir a reforma Obama por um sistema de "vales", que podem ser usados na aquisição de seguros públicos ou privados. A idade de acesso ao plano de assistência médica para idosos subiria de 65 para 67 anos.

Imigração

Depois de ter falhado a reforma do sistema de imigração, prometida em 2008, Barack Obama vem agora acusar os republicanos de bloqueio e pedir mais quatro anos para concretizar o objetivo, que inclui a legalização de trabalhadores. A sua administração deportou um número recorde de ilegais, focando-se nos cadastrados, mas cessou a deportação de jovens que foram trazidos ilegalmente para o país pelos seus pais.

Romney assumiu uma linha dura contra imigrantes ilegais, opondo-se a qualquer tipo de plano para a legalização destes e abrindo, como alternativa, a porta à "deportação voluntária" para os países de origem. Afirmou ainda querer erguer uma vedação de alta tecnologia na fronteira entre os Estados Unidos e o México e criar uma base de dados que os empregadores sejam obrigados a consultar antes de contratar alguém. Outra proposta vai no sentido de expandir o sistema de trabalho temporário para mão-de-obra sazonal.

Política externa

Obama prevê concluir até 2014 a retirada das tropas norte-americanas no Afeganistão. Numa política claramente menos musculada do que ao seu antecessor George W. Bush, promete ainda apoiar as "primaveras árabes" e o processo de paz israelo-palestiniano.

Romney e os republicanos têm frequentemente acusado Obama de ser demasiado brando com China e Rússia e de prosseguir uma política de sanções para o Irã que não tem detido os esforços nucleares. Tem-se mostrado mais aberto a um ataque preventivo contra Teerã. Em relação ao Oriente Médio, defende que Obama abandonou Israel, sugerindo que os Estados Unidos mudem a sua embaixada para a cidade de Jerusalém, sem mencionar apoio à criação de um Estado Palestiniano.

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