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Renomado linguista diz que Ocidente não quer democracia no Oriente Médio
Criado em 24/10/12 10h24
e atualizado em 24/10/12 10h35
Por Agência Lusa
Cairo, 24 out (Lusa) – O linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky considera que os países ocidentais, com os EUA à frente, receiam que a democracia se instale no Oriente Médio porque dificultaria o controle da região, noticia a agência Efe.
Chomsky expressou a sua opinião contracorrente na Universidade Americana do Cairo, onde foi recebido como um ídolo das massas por milhares de egípcios à sede da instituição, junto da Praça Tahrir, a quem qualificou como “um modelo inspirador convertido em símbolo mundial”.
Na sua conferência, centrada na chamada Primavera Árabe, Chomsky afirmou que “a maior ameaça para os Estados Unidos é que os países do Oriente Médio se transformem em verdadeiras democracias”.
Segundo o intelectual esquerdista, o Ocidente “não quer políticas que reflitam a vontade da opinião pública, porque esta considera os Estados Unidos e Israel, e não o Irã, como os verdadeiros inimigos”. Por isso, acrescentou, “em 2011, a França apoiou até onde lhe foi possível o ditador de Túnis, e os EUA o do Egito”, se bem que considere que para o Ocidente os países mais importantes são as ditaduras petrolíferas do Golfo.
“O que importa de verdade na política dos EUA para os exportadores de petróleo é o controle, mais do que o acesso ao petróleo”, destacou Chomsky, conhecido pelas posições críticas com a política dos EUA e de Israel.
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