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Embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad.

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Negociações com palestinos são como tango em que par deve ter mesmo ritmo, diz embaixador

Criado em 22/01/13 06h58 e atualizado em 22/01/13 08h15
Por Renata Giraldi Edição:Graça Adjuto Fonte:Agência Brasil

Rafael Eldad
Embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad. (Antonio Cruz/ABr)

Brasília – O embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, disse à Agência Brasil que a expectativa, com as eleições legislativas de hoje (22), é que o Parlamento seja comandado por um grupo de, no máximo, 15 partidos. Ele ressaltou que é fundamental observar a formação do futuro governo de coalizão – se haverá maioria de direita, de centro-esquerda, religiosos e árabes – para analisar os rumos da política interna e externa. Nas relações com o Brasil, não haverá mudanças, disse o diplomata. Mas com os palestinos, ele comparou ao tango, no qual o par deve ter o mesmo ritmo.  

“As negociações com os palestinos são como o tango [dança cuja coreografia é feita aos pares e a origem é atribuída às regiões entre o Uruguai e a Argentina]: precisa-se de duas partes. Não há como conduzir sozinho. Nós queremos negociar. Mas os palestinos insistem em estabelecer pré-condições”, disse o embaixador. A seguir, os principais trechos da entrevista com o diplomata.

Agência Brasil – O que se pode esperar das eleições legislativas de hoje?
Rafael Eldad – Em Israel há uma democracia forte. Algo de especial que ocorreu é que nos últimos 25 anos, as eleições foram antecipadas pelos mais diversos motivos, como por exemplo, questões relativas aos países vizinhos.

ABr – Com o voto facultativo e tantas polêmicas, o eleitor israelense vai comparecer às urnas?
Eldad – No passado, a participação superou 80%. Nos últimos anos, houve uma queda nesse percentual. Mas a expectativa é que desta vez os eleitores se interessem mais e compareçam para votar.

ABr – Em Israel, as forças políticas se dividem em blocos e eles se condolidam de tal forma que só alguns acabam governando. Será que há chances de um governo de coalizão?
Eldad – Temos de observar em Israel como os partidos se organizam nos quatro grandes blocos: direita, centro-esquerda, religiosos e árabes. Depois, é preciso verificar como serão feitas as negociações em busca da coalizão. Em geral, os governos em Israel são de coalizão. A previsão é que do total de 32 partidos, de 12 a 15 governem.

ABr – Com as eleições, podem mudar as relações entre Israel e o Brasil?
Eldad – As relações entre Israel e o Brasil são tradicionais e não dependem de governo, pois estão baseadas em interesses mútuos e laços de amizade antigos.

ABr – O que se pode esperar do futuro Parlamento isralense para negociar com os palestinos?
Eldad - As negociações com os palestinos são como o tango [dança cuja coreografia é feita aos pares e a origem é atribuída às regiões entre o Uruguai e a Argentina]: precisa-se de duas partes. Não há como conduzir sozinho. Nós queremos negociar. Mas os palestinos insistem em estabelecer pré-condições. Se depender de nós [israelenses], sentamos hoje na mesa para negociar.

Edição: Graça Adjuto
 

Creative Commons - CC BY 3.0

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