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Oposição exige que Hugo Chávez "fale" com venezuelanos
Criado em 17/01/13 18h33
e atualizado em 17/01/13 19h36
Por Portal EBC*
O Diário Oficial da Venezuela publicou em sua edição desta quinta-feira (17) dois decretos assinados pelo presidente Hugo Chávez, sob os quais denomina o chanceler e o sexto vice-presidente do Conselho de Ministros de seu novo governo. O líder da oposição, Henrique Capriles Radonski, exigiu que Chávez fale ao país e explique “o que está acontecendo”.
“Se o presidente da República pode assinar decretos, eu peço que apareça, fale à Venezuela e diga o que está acontecendo no governo, porque na Venezuela o que há é desgoverno”, afirmou Capriles, governador do estado de Miranda.
As nomeações haviam sido antecipadas nesta quarta-feira (16) pelo vice-presidente Nicolás Maduro, durante a sessão em que entregou à Assembleia Nacional (Parlamento venezuelano) o informe da gestão do governo Chávez em 2012.
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Durante o evento Capriles concordou com Maduro em condernar qualquer forma de violência política no país e ambos foram fotografados apertando a mão e trocando sorrisos durante a reunião do Conselho Federal do governo.
“Somos inimigos da violência, não devemos deixar que nosso verbo aumente a violência e devemos demonstrar nossa vontade diária de diálogo”, afirmou ao término do encontro, em que Maduro assegurou que o governo teria “informações” sobre a existência de um suposto plano para “incendiar o país” com atos de violência e sabotagens ao sistema de eletricidade.
Forças armadas
Maduro transmitiu nesta quinta-feira (17), uma mensagem de agradecimento de Chávez “pela lealdade” das forças armadas da Venezuela, durante um ato em que o ministro da Defesa, almirante Diego Molero, entregou ao vice as propostas do setor para integrar o plano do novo governo.
Durante o ato, celebrado no forte Tiuna, em Caracas, Molero assegurou que as forças armadas acatarão e farão cumprir a decisão do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que autorizou Chávez a jurar seu novo mandato quando estiver recuperado da cirurgia contra um câncer, realizada em dezembro passado. Molero afirmou que os militares garantirão “a paz social do país”.
“Nós soldados acatamos e faremos cumprir a decisão do TSJ de permitir ao chefe de Estado voltar ao país quando seu estado de saúde melhorar”, disse Molero.
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Télam
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