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China quer melhorar relações com o Vaticano
Criado em 18/02/13 09h37
e atualizado em 18/02/13 14h30
Por © Agência Lusa
Pequim, 18 fev (Lusa) – A China manifestou-se hoje interessada em “melhorar as relações” com o Vaticano e exortou o sucessor do papa Bento XVI a adotar “uma atitude flexível e prática” nesse sentido.
“Esperamos que sob a liderança de um novo papa a Santa Sé adote uma atitude flexível e prática para criar condições à melhoria das relações bilaterais”, disse o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros (MNE), Hong Lei, respondendo a uma pergunta da agência Lusa.
Foi a primeira reação oficial chinesa ao anúncio da renúncia do Papa Bento XVI, há uma semana.
China e a Santa Sé não têm relações diplomáticas e a única igreja católica autorizada pelo governo chinês é independente do Vaticano.
Sem comentar o pontificado de Bento XVI, o porta-voz do MNE chinês indicou que “a China tem sido sempre sincera” quanto ao desejo de “melhorar das relações” com o Vaticano, mas – realçou – isso tem de ser feito “com base em dois princípios”.
“Em primeiro lugar, o Vaticano deve cortar os chamados laços diplomáticos com Taiwan e reconhecer o governo da República Popular da China como o único governo legítimo de toda a China e que Taiwan é uma parte inalienável da China”, disse.
O Vaticano “não deve interferir nos assuntos internos da China, incluindo interferências em nome da religião”, acrescentou Hong Lei.
A Santa Sé é o único Estado europeu que mantém relações diplomáticas com Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista ter tomado o poder no continente, em 1949.
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