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Ministro francês diz que não haverá mais austeridade em 2013
Criado em 10/03/13 11h10
e atualizado em 10/03/13 11h35
Por © Agência Lusa
Paris, 10 mar (Lusa) - O ministro francês do Orçamento, Jérôme Cahuzac, reconheceu hoje que os ajustes, seja na forma de novos impostos ou cortes na despesa, têm um efeito recessivo a curto prazo, sendo que não será aplicada mais austeridade este ano.
"Tendo em conta a debilidade da conjuntura atual, está afastada a hipótese de pedir novos esforços aos franceses em 2013", sublinhou Cahuzac, numa entrevista publicada neste domingo (10) no "Le Journal du Dimanche".
O ministro constatou ainda que "a recuperação das contas públicas com impostos ou poupanças têm sempre consequências recessivas a curto prazo", sendo que "para o médio prazo, favorecerá o crescimento".
O governante frisou que a meta do governo francês é cumprir em 2014 a regra europeia segundo a qual o déficit não deve exceder os 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
O objetivo dos 3% esteve inicialmente fixado pelo governo francês para este ano, mas o executivo decidiu abandoná-lo oficialmente ao fim de fevereiro, face às perspectivas econômicas desfavoráveis, confirmadas pela Comissão Europeia.
O titular da pasta do Orçamento salientou ainda que o presidente, François Hollande, mantém o objetivo de alcançar o "déficit zero" no final do seu mandato em 2017 e isso "não é para dar um gosto à Comissão Europeia ou às agências de notação financeira, mas apenas para recuperar a soberania francesa, alienada pelos mercados nos últimos anos".
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