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Cardeais reúnem-se em Roma para acertar os detalhes da escolha do novo papa

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Seguindo liturgia medieval, cardeais fazem juramento de sigilo para o conclave

Criado em 12/03/13 13h47 e atualizado em 12/03/13 13h57
Por Renata Giraldi Edição:Lílian Beraldo Fonte:Enviada Especial da EBC

Vaticano - 1
Seguindo liturgia medieval, cardeais fazem juramento de sigilo para o conclave (© Télam)

Vaticano –  Com uma liturgia do período da Idade Média, os cardeais fizeram hoje (12), por cerca de uma hora, o juramento de sigilo para o conclave, na Capela Sistina, na Praça São Pedro, no Vaticano. Pela regra, nada do que ocorrer durante o conclave pode ser revelado. Entoando cânticos gregorianos, eles fizeram o juramento coletivo, pediram as bênçãos divinas e inspiração para a eleição do sucessor do papa emérito Bento XVI.

De pé e usando as vestes nas cores vermelho e branco, os cardeais abriram oficialmente a assembleia. As imagens foram transmitidas pela assessoria do Vaticano. A liturgia é cuidadosamente respeitada.

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Do lado de fora da Praça São Pedro, a chuva não assustou os fiéis, que acompanharam, por meio de telões instalados no local, o juramento. Com guarda-chuvas e capas, idosos, jovens e até crianças assistiram por cerca de uma hora a cerimônia.

Após o juramento coletivo, houve o individual. Com a mão direita sobre o Livro dos Evangelhos, cada um dos cardeais pronunciou seu nome e disse prometer e jurar ser guiado pelas bênçãos de Deus e do Livro dos Evangelhos durante a eleição. O juramento foi feito em latim. O brasileiro dom Odilo Scherer, apontado como um dos cotados para ser eleito papa, foi um dos últimos a passar pelo ritual.

Feito o juramento, os cardeais seguem para a assembleia fechada, sem comunicação externa e isolados. O processo de votação segue um ritual, no qual cada cardeal escreve o nome do seu escolhido, em uma cédula de papel, em tamanho retangular, e disfarçando a letra. Cada eleitor deve depositar a cédula, na presença de seis cardeais – três escrutinadores e a mesma quantidade de revisores.

Depois da votação, as cédulas são contadas e recontadas. Cada um dos votos é costurado com linha e depois colocado no forno para ser queimado. A cor que revela se houve escolha do papa é dada pela adição de um produto químico. A cor branca indica que foi escolhido o sucessor. A cor escura mostra que o conclave ainda buscará o consenso.

Em caso de ausência de definição, devem ocorrer até duas votações por dia durante o conclave. Para a eleição do papa, são necessários dois terços dos votos dos presentes, no caso 77 cardeais. Se em três dias não houver consenso, a votação deverá ser suspensa por 24 horas para orações e reflexões. Depois, são promovidos mais sete dias de votações até completar um total de 34 (votações).

Se depois dessas 34 rodadas não for alcançado o consenso, é feita uma eleição entre os dois candidatos que mais receberam votos. O escolhido deve dizer se aceita ser papa. Em caso positivo, ele é apresentado aos fiéis na Praça São Pedro. Em seguida, são feitos os preparativos para a chamada cerimônia de coroação.

 

Edição: Lílian Beraldo 

Creative Commons - CC BY 3.0

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