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Zimbábue realiza hoje referendo sobre nova Constituição
Criado em 16/03/13 16h40
e atualizado em 16/03/13 16h59
Por Agência Lusa
Mais de cinco milhões de eleitores chamados a votar neste sábado (16) em um referendo sobre uma nova Constituição para o Zimbábue, que propõe reduzir os poderes presidenciais e fortalecer as competências do governo e do Parlamento.
Apesar destes pressupostos, o novo texto não impede Robert Mugabe, de 89 anos e o mais velho chefe de Estado africano, de se candidatar mais uma vez à presidência. Mugabe está no poder do Zimbábue há mais de três décadas, desde que o país conquistou a independência em 1980. Em teoria o atual presidente poderá permanecer no poder até os 99 anos, já que a nova Constituição prevê reduzir para dois o número de mandatos presidenciais, em um máximo de dez anos, mas sem limite de idade.
O texto foi pouco debatido entre a ala de Mugabe e a do opositor de longa data, o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, e poucos são os eleitores que afirmam ter lido o documento. Tsvangirai e os seus apoiantes concordaram referendar este texto, na expectativa de que permita a realização de eleições livres e ponha fim à repressão política e ao declínio econômico no país.
Tanto Robert Mugabe como Morgan Tsvangirai manifestaram-se favoráveis à aprovação da nova Constituição. Desde 2000 as eleições presidenciais no Zimbábue resultam em violência. Em 2008, foi preciso que Tsvangirai retirasse a candidatura, entre os dois turnos, para evitar a guerra civil.
Na véspera do referendo, na sexta-feira, as agências internacionais noticiaram que sete membros do partido de Morgan Tsvangirai tinham sido agredidos por apoiantes de Mugabe quando colavam cartazes em um município de Harare, capital do país.
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