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Com o aumento da cesta básica, os trabalhadores que ganham até um salário minimo, comprometeram 35% do salário para adquirir os produtos da cesta.

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Crise aumenta solidariedade entre portugueses e doações a bancos de alimentos

Criado em 19/08/13 07h12 e atualizado em 19/08/13 08h32
Por Gilberto Costa Edição:Graça Adjuto Fonte:Correspondente da Agência Brasil/EBC

Cesta básica aumenta em Teresina
O número de pessoas atendidas com o fornecimento de alimentos passou de 249,5 mil para 389,2 mil. (Roosevelt Pinheiro / ABr)

Lisboa – O volume de doações de alimentos cresceu e a rede de solidariedade para abastecimento de famílias em situação de risco em Portugal aumentou desde 2008. A Federação de Bancos Alimentares do país, organização da sociedade civil, contabiliza que em quatro anos o volume de comida doada por ano passou de 17,4 mil toneladas para 28,3 mil toneladas (crescimento de 61%) e o número de pessoas atendidas com o fornecimento de alimentos passou de 249,5 mil para 389,2 mil (+64%).

Nesse período, com exceção do último trimestre, a taxa de desemprego cresceu constantemente (hoje em 16,4%) e a economia portuguesa diminuiu de tamanho por 30 meses consecutivos. Além da da crise econômica nos últimos anos, o aumento do volume de doações tem a ver com o aumento da solidariedade da população e das redes de ajuda humanitária.

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Entre 2008 e 2012, o número de instituições apoiadas pelos bancos de alimentos de Portugal passou de 1.528 para 2.218. Só na região metropolitana de Lisboa, 385 instituições abastecidas pelo Banco Alimentar distribuem por dia 42 toneladas de alimentos a 90 mil pessoas.

A coleta e redistribuição de alimentos envolve grandes empresas, pequenos comerciantes, consumidores de diferentes estratos sociais e trabalho voluntário. “O grosso das doações vem da industria agroalimentar”, informa Ana Vara, da Comissão de Distribuição do Banco Alimentar de Lisboa. Dessas empresas, os bancos alimentares recebem produtos que não foram vendidos por razões não ligadas à falta de qualidade para consumo (erro de rotulagem, por exemplo).

Os bancos alimentares recebem os estoques que o Ministério da Agricultura não deixa ser vendidos para assegurar a remuneração mínima dos produtores agrícolas. Dos mercados abastecedores (atacadistas), chegam diariamente frutos e legumes não comprados pelo comércio varejista. Das redes de supermercado, recebem produtos não adquiridos nas promoções ou próximos do vencimento da data de validade. E diretamente dos consumidores, os bancos alimentares ganham doações arrecadadas durante as campanhas que fazem duas vezes por ano.

“Está tudo em boa condição e 90% disso seriam jogados fora porque não há espaço na sociedade de consumo”, estima Ana Vara. Segundo ela, a atuação dos bancos alimentares “controla o desperdício” e conscientiza a população em torno de valores como “dádiva” e “partilha”. “Podemos viver de maneira diferente se sabemos que há alguma pessoa passando necessidade”, assinala a representante do Banco Alimentar de Lisboa.

Edição: Graça Adjuto

 

 

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