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Malala ganha prêmio de direitos humanos no Parlamento Europeu
Criado em 20/11/13 19h42
e atualizado em 21/11/13 00h14
Por Agência Lusa
Estrasburgo, França - A ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que hoje recebeu o prêmio Sakharov das mãos do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, prometeu continuar a defender a educação das crianças e os direitos básicos da população.
Malala, que dedicou o prémio aos "heróis anônimos do Paquistão e a todas as pessoas que lutam pelos seus direitos básicos", salientou que há muitas crianças no mundo que, sem acesso a comida nem a água continuam a ter "fome de educação" e apelou a uma mudança de ideologia".Estas crianças "não querem iphones, nem Xbox, nem Playstations, só querem um livro e uma caneta", afirmou no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
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A jovem paquistanesa de 16 anos sublinhou que "este prêmio de prestígio" a encoraja a continuar a desenvolver a sua luta e acrescentou que "há esperança" para as vítimas da violência, do abuso sexual, do terrorismo, enquanto as crianças tiverem pessoas que falem por elas e tomem uma ação.
Martin Schulz elogiou a "garota que quer ser lembrada pela sua luta pela educação e não por ter sido baleada pelos talibãs" e considerou que Malala é já "um símbolo global da resistência contra o fanatismo e a favor dos direitos das crianças".
Malala Yousafzai contestou o encerramento das escolas para meninas pelos talibãs e começou um blog sob o pseudônimo Gul Makai, tornando-se muito popular. Quando a sua identidade foi revelada, foi alvo de ameaças que culminaram, em outubro de 2012, numa tentativa de homicídio, quando Malala foi atingida por atiradores talibãs quando voltava para casa em um ônibus escolar.
O Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído desde 1988, tem um valor de 50 mil euros (cerca de 150 mil reais) e tem como objetivo premiar os defensores dos direitos humanos e dos valores democráticos.
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