one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Michelle Bachelet visita comunidade mapuche durante campanha

Imagem:

Compartilhar:

Bachelet é eleita presidenta do Chile com 63% dos votos

Criado em 16/12/13 05h57 e atualizado em 16/12/13 08h59
Por Monica Yanakiew Edição:Graça Adjuto Fonte:Agência Brasil/EBC

Michelle Bachelet
Com a vitória, Bachelet é a primeira mulher eleita e reeleita para a Presidência do Chile (UN Women/Creative Commons)

Buenos Aires - A socialista Michelle Bachelet foi eleita presidenta do Chile nesse domingo (15). Ela obteve 63% dos votos no segundo turno, derrotando a adversária Evelyn Matthei, que representa a aliança de centro-direita. Matthei, que foi candidata do atual governo, teve 38% dos votos.

Com a vitória, Bachelet é a primeira mulher eleita e reeleita para a Presidência do Chile. Ela governou o país de 2006 a 2010, deixando o lugar para o atual presidente, Sebastián Piñera. Pela legislação chilena, os presidentes não têm direito a dois mandatos consecutivos.

Leia também

Baixo comparecimento às urnas leva políticos a pedirem volta do voto obrigatório no Chile

Chile: manifestação de estudantes tem distúrbios isolados

Piñera telefonou a Bachelet para dizer que vai cooperar com ela durante os últimos três meses de seu mandato. Bachelet assume em março e o maior desafio será fazer as reformas que prometeu – entre elas, a da Constituição, herdada da ditadura militar.

Apesar de ter conseguido maioria no Congresso, ela não tem votos suficientes para fazer todas as mudanças que quer e terá que negociar com a oposição. A atual Constituição (que só pode ser alterada com o apoio de dois terços dos legisladores) limita a atuação dos políticos e a ingerência do Estado na economia, que foi privatizada durante o regime militar de Augusto Pinochet.

Bachelet quer fazer uma reforma tributária, para aumentar os impostos às empresas e aos mais ricos, obtendo assim recursos para financiar as reformas sociais, entre elas a do sistema educacional. Estudantes do ensino médio e das universidades paralisaram o Chile com protestos em 2011 e 2012, exigindo educação gratuita e de qualidade para todos. As manifestações foram apoiadas por oito de cada dez chilenos.

No Chile, as universidades são todas pagas (inclusive as públicas) e quem não tem dinheiro para financiar os estudos pode pedir empréstimo, mas termina a carreira endividado. Existem escolas de ensino médio gratuitas, mas são de má qualidade porque o governo prefere subsidiar instituições privadas, para que possam cobrar mensalidades baratas e oferecer uma educação de alto nível à população de baixa renda. Os donos dos colégios nem sempre usam o dinheiro do Estado para esse fim.

Nas eleições legislativas, que coincidiram com o primeiro turno em novembro passado, Bachelet conquistou o apoio de 20 dos 38 senadores e de 57 dos 120 deputados federais. Com isso, ela pode aprovar a reforma tributária. Mas para fazer a reforma da educação, precisa de quatro sétimos dos votos do Congresso (22 senadores e 69 deputados federais).

Edição: Graça Adjuto

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário