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Banco do Brics pode reduzir dependência sul-americana do FMI, dizem presidentes

Criado em 16/07/14 20h09 e atualizado em 16/07/14 20h32
Por Danilo Macedo, Luciano Nascimento e Ivan Richard Edição:Luana Lourenço Fonte:Agência Brasil

Os presidentes da América do Sul, convidados a participar da última sessão da 6ª Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, destacaram após o encontro a aproximação do bloco com o continente e a importância da criação do Novo Banco de Desenvolvimento, anunciada ontem (15), em Fortaleza, para que países em desenvolvimento dependam menos de outros organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Mundial (FMI).

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que criação do Banco do Brics foi uma boa notícia para todos os países latino-americanos. “Começa a aparecer a cara de uma nova aliança, de uma nova geopolítica mundial, para o desenvolvimento, para a paz”.

Segundo Maduro, os líderes do continente deverão discutir em agosto, durante a próxima cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Montevidéu,  a criação de uma comissão especial para ampliar o debate de hoje e buscar avanços na aliança entre o Brics e países sul-americanos.

“Temos um processo convergente e vamos colocar todo esforço e vontade política para que o Brics e a Unasul comecem a marchar juntos a partir de hoje”, disse Maduro. O venezuelano elogiou a iniciativa brasileira de “convergir os caminhos” do Brics e da Unasul, com “êxito tremendo”.

O presidente do Uruguai, José Mujica, disse que o Novo Banco de Desenvolvimento será uma alternativa para vários países e poderá ajudar o seu.

"Eu acredito que quanto mais alternativas existirem, melhor. O mundo financeiro é imprevisível, e a insegurança e a volatilidade do mundo atual são muito grandes. Isso nos obriga a ter uma reserva. Meu país é muito pequeno, tem um PIB [Produto Interno Bruto] de US$ 52 bilhões e tem uma reserva de US$ 18 bilhões, o que é uma disparidade”, disse.

A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, que enfrenta uma batalha judicial com os fundos abutres, disse que o banco do bloco dos emergentes representa um ponto positivo e demonstra o fracasso dos mecanismos multilaterais de ordenamento global financeiro, que, segundo ela, representam a “destruição de empregos” e o “abandono das sociedades”, que afetaram por décadas a América do Sul. Segundo Cristina, a nova instituição financeira pode representar a inclusão, o crescimento, a produção e a criação de trabalho.

No mesmo tom, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que os mecanismos financeiros internacionais existentes “chantageiam governos”.

“O mundo necessitava de uma nova organização mundial para acabar com organismos como FMI e o Banco Mundial”, disse o boliviano. “Com o novo banco, estou seguro que podemos acabar com o uso de políticas neoliberais e neocolonialistas”.

Apesar dos discursos dos presidentes sul-americanos em relação ao banco, o objetivo declarado do Brics com a criação da instituição não é substituir os organismos financeiros internacionais, mas complementá-los e pressionar para que sejam reformados, dando mais peso aos países emergentes.


Editora: Luana Lourenço

Creative Commons - CC BY 3.0

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