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ONU alerta para a existência de 200 mil pessoas deslocadas em Gaza
Criado em 27/07/14 08h38
e atualizado em 27/07/14 12h23
Por Agência Lusa
A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje para a crescente situação de emergência humanitária que vive a população em Gaza, onde cerca de 200 mil pessoas se tornaram deslocadas internas desde o início da ofensiva israense, há 20 dias.
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Em comunicado divulgado neste domingo, a agência da ONU para a coordenação de assuntos humanitários (OCHOA, na sigla inglesa) apontou que 3.333 habitações foram, total ou parcialmente, destruídas na Faixa de Gaza, "produzindo centenas de mortes de civis e deslocando os sobreviventes", que contabiliza em 200 mil pessoas.
Os deslocados são alojados em casas de familiares ou escolas da ONU, que se encontram em superlotação. Estas escolas-albergue, segundo as previsões iniciais, têm capacidade para acolher cerca de 50 mil pessoas, número que foi duplicado nos últimos dias e que obrigou a OCHOA a estabelecer dentro das suas prioridades humanitárias a ampliação da resposta do grupo.
Segundo o comunicado, quase todos os residentes de Gaza, cerca de 1,8 milhões de pessoas, viram-se afetados pela ofensiva militar que causou a morte de 1.053 palestinos, 73% destes civis, e 6.000 feridos, a metade mulheres e crianças. A já deteriorada situação que viviam os palestinos na Faixa de Gaza, depois de oito anos de bloqueio israense, agravou-se nos últimos 20 dias desde o começo da operação Margen Protector, tendo em vista diminuir a capacidade ofensiva do Hamas.
A agência da ONU alertou que atualmente 1,2 milhões de pessoas carecem ou têm um acesso limitado a água potável e serviços sanitários. Além disso, 8% dos habitantes dispõem apenas de quatro horas de eletricidade diárias devido à escassez de combustível que alimenta a única unidade elétrica de Gaza, também atacada na semana passada.
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