one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Profissionais da saúde da Guiné reforçam os cuidados com os hábitos de higiene no atendimento aos doentes com ebola

Imagem:

Compartilhar:

Mapa do ebola: Libéria não registra novos casos há uma semana

Criado em 08/08/14 20h12 e atualizado em 15/07/15 19h45
Por Fernanda Duarte* Fonte:Portal EBC

De acordo com o relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)* nesta quarta-feira (15), já foram registrados 26.678 casos da doença em todo o mundo, dos quais 11.276 resultaram em morte desde o início do surto no final de 2013. Os números não incluem os casos registrados na República Democrática do Congo (veja abaixo).

Os países da África ocidental continuam sendo os mais afetados pela doença, apesar do recuo da epidemia do início de 2015 até o presente momento. Na Guiné, onde as medidas de combate à proliferação do vírus foram redobradas, 3.760 casos e 2.506 mortes foram registradas. 

Em Serra Leoa, apesar do reforço na fiscalização das fronteiras, a doença atingiu 13.209 pessoas, dentre as quais 3.947 vieram a falecer. O governo local chegou a anunciar isolamento imediato por cinco dias da região Norte no final de dezembro, numa tentativa de deter a disseminação do ebola. Também 1,8 milhão de crianças de Serra Leoa começaram a voltar à escola em abril deste ano, depois de mais de oito meses com as aulas suspensas para conter a propagação do vírus ebola.

A Libéria, onde foram detectados os primeiros casos de ebola, chegou a registrar 10.673 casos registrados, com 4.808 óbitos. O país adotou duras medidas no combate à epidemia e, após 42 dias sem registrar nenhum novo caso da doença, foi considerado pela Organização Mundial de Saúde como área livre da doença, mas seis semanas depois voltou a registrar novos casos de ebola.

Leia também no Portal EBC:

Epidemia de ebola ainda não acabou, alerta OMS

Febre chikungunya: saiba mais sobre a doença

Zika Vírus: conheça os sintomas e saiba como se prevenir da doença

 

No Congo, a doença chegou a atingir 66 pessoas, das quais 49 vieram a óbito, em um surto que as autoridades acreditam não ter ligação com os casos de ebola dos países do oeste africano. Após conter o surto nos primeiros meses do segundo semestre, em novembro o Congo foi considerado pela OMS como área livre de ebola.

Confira no mapa os países afetados pelo ebola:

View Casos de ebola no mundo in a full screen map

Nigéria, que chegou a registrar 20 casos e 8 mortes por ebola, o Senegal, que teve seu primeiro e único caso da doença confirmado no final de agosto, e o Mali, cujo primeiro caso registrado foi uma menina dois anos, também são países que foram declarados pela OMS como área livre de ebola, anteriormente, por não terem registrado outras ocorrências da doença há mais de 40 dias, o equivalente a dois períodos de incubação do vírus.

Em outubro, a entidade confirmou o primeiro caso de ebola transmitido fora da África. Uma auxiliar de enfermagem, que fez parte da equipe que cuidou dos missionários espanhóis Miguel Pajares e Manuel Garcia Viejo, foi contaminada com o vírus. Os missionários morreram no Hospital Carlos III, em Madri, na Espanha, depois de contraírem o ebola em Serra Leoa, na África. Ela foi isolada para tratamento e cerca de 30 pessoas que tiveram contato com ela estão sendo monitoradas. Após constatar a cura da enfermeira, a equipe médica pôs fim à quarentena da enfermeira e das demais pessoas sob monitoramento.

Também no início de outubro, os Estados Unidos confirmaram a morte do liberiano que estava internado no Texas, a primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos. Ele estava hospitalizado desde 26 de setembro. Segundo o hospital, ele morreu de manhã. O governo americano investiga se houve imprudência no primeiro atendimento hospitalar. Antes da internação, ele chegou a ser atendido, mas foi liberado, porque o funcionário do hospital não teria reportado ao médico, como indicava o protocolo, que ele era um viajante do Oeste africano. O governo norte-americano também confirmou que as duas enfermeiras que cuidaram do paciente liberiano contraíram a doença. As duas estão curadas, mas a segunda enfermeira a contrair a doença ainda não teve alta hospitalar. No dia 24 do referido mês, os Estados Unidos anunciaram o primeiro caso de ebola na cidade de Nova Iorque. O médico, de 33 anos, que trabalhou a serviço da organização não governamental Médicos Sem Fronteiras na Guiné, foi colocado em quarentena no hospital nova-iorquino de Bellevue.

Família em Moyinba, Serra Leoa, acaba de perder um parente com ebola
Creative Commons - CC BY 3.0 - Família em Moyinba, Serra Leoa, momentos após perder um parente com ebola

UN Photo/Martine Perret

No dia 30 de dezembro, o governo britânico confirmou o primeiro caso da doença em seu território. Uma enfermeira que trabalhava no país africano com a organização humanitária Save the Children regressou à Escócia no dia 28. No dia seguinte, sentiu-se mal e dirigiu-se a um hospital, onde foi internada em área de isolamento.

No Brasil, vários casos suspeitos da doença foram descartados. No primeiro deles, um paciente proveniente da Guiné deu entrada no dia 8 de outubro em uma unidade de pronto-atendimento em Cascavel, no Paraná, e chegou a ser transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, onde ficou internado por cinco dias em área de isolamento até a confirmação negativa do exame. O segundo caso, tratou-se de um mal entendido entre o paciente e a equipe de atendimento em saúde. Um brasileiro, de 22 anos, buscou atendimento médico em Foz do Iguaçu, também no estado do Paraná, apresentando febre e náuseas. A secretaria local de saúde havia entendido que o rapaz havia passado por Serra Leoa, país atingido pela epidemia de ebola, acionando o protocolo de suspeita de doença. Após checarem o passaporte do paciente, verificaram que ele viajado recentemente para o exterior, mas sem passar por nenhum país africano. Uma das suspeitas ocorreu em Brasília, no Distrito Federal. Em outubro do ano pasado, um comissário de bordo que esteve no Panamá deu entrada no Hospital Santa Lúcia com febre e náuseas. Por se tratar de um paciente que esteve em voo internacional, o protocolo de segurança - que prevê o isolamento do local - foi iniciado. Foi averiguado que o paciente não esteve em áreas consideradas endêmica para o ebola e que se tratava de uma infecção intestinal. Com isso, a suspeita foi logo descartada e o protocolo de segurança internacional, desativado.

Em junho deste ano, um novo caso suspeito de ebola ocorreu na capital federal. Um homem de 41 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho 2, com sintomas característicos do ebola como febre e dores no corpo. Após ter relatado ter viajado recentemente à Libéria, o paciente foi isolado e liberado após a Secretaria de Saúde do Distrito Federal ter descoberto ao conversar com parentes, que ele não havia saído do Distrito Federal e já havia passado por atendimento na rede pública dias atrás com diagnóstico de infecção urinária.

O ebola é uma doença altamente contagiosa que provoca uma grave febre hemorrágica. A doença chega a matar de 60 a 90 por cento das pessoas infectadas. 

Os primeiros casos de ebola foram registrados na Guiné no final de 2013. O vírus, no entanto, só foi identificado em 22 de março do ano passado, quando o surto já tinha causado 59 mortes. Com a rápida disseminação da doença atingindo milhares de pessoas nos países da África ocidental, a OMS declarou a epidemia de ebola, em 8 de agosto, como "emergência de saúde pública mundial".

 

* As informações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde consideram os casos confirmados, prováveis e suspeitos e estão sujeitos a reclassificação pela entidade, conforme os resultados diagnósticos informados pelos ministérios da saúde dos países

** Matéria atualizada em 15/07/2015 para inserção de novos dados sobre os casos de ebola

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário