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Ucrânia: regiões separatistas farão eleições no próximo domingo
Criado em 31/10/14 12h08
e atualizado em 31/10/14 12h36
Por Agência Lusa
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Os separatistas pró-russos do Leste da Ucrânia farão eleições no próximo domingo (2). Uma votação considerada ilegal por Kiev, pela União Europeia (UE) e Organização das Nações Unidas (ONU) e reconhecida apenas pela Rússia.
As eleições, para escolher os líderes e os parlamentos regionais, ocorrem uma semana depois das votações legislativas nacionais vencidas pelos partidos pró-europeus. O acordo de cessar-fogo assinado em setembro na Bielorrússia previa a convocação de eleições locais nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk para 7 de dezembro, mas, no final de setembro, os dirigentes das duas Repúblicas autoproclamadas não aceitaram quaisquer eleições organizadas por Kiev no território que controlam.
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Recusando o estatuto especial que foi concedido por Kiev e reafirmando a independência que proclamaram unilateralmente em abril, os líderes de Donetsk e Lugansk anunciaram a intenção de organizar eleições locais no dia 2 de novembro. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, advertiu na terça-feira (28) que as eleições dos separatistas são ilegais ante a Constituição ucraniana e põem em risco o processo de paz, contrariando o espírito e o acordo assinado em Minsk no dia 5 de setembro.
A Rússia, no entanto, anunciou que vai reconhecer os resultados das eleições de Donetsk e Lugansk, que considera legítimas. A UE, ONU e os Estados Unidos, pelo contrário, lamentam a votação no Leste e o apoio dado pela Rússia. Segundo o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a votação vai contra a Constituição e as leis nacionais ucranianas lesam o protocolo e o memorando de Minsk, assinados na capital da Bielorrússia.
As eleições legislativas de domingo passado na Ucrânia foram vencidas pela Frente Popular, do primeiro-ministro Arseni Iatseniuk. O conflito no Leste da Ucrânia entre forças separatistas pró-russas e as tropas ucranianas fez 3,7 mil mortos e provocou a crise mais grave entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.
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