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Raúl Castro e Obama

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Reaproximação dos Estados Unidos e Cuba polariza democratas e republicanos

Criado em 17/12/14 22h31 e atualizado em 17/12/14 22h29
Por Leandra Felipe Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

O anúncio da reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba hoje (17) repercutiu na área política do país e dividiu democratas e republicanos. Além disso, a imprensa americana dedicou-se a lembrar a importância histórica do anúncio. Em Washington, parlamentares criticaram ou saíram em defesa da reabertura do diálogo entre os dois países – suspenso oficialmente há 53 anos. 

Após o anúncio desta manhã, veículos de comunicação ouviram analistas e políticos. Barack Obama foi alvo de críticas entre os republicanos e de manifestações de apoio entre os democratas. Senadores republicanos se pronunciaram no Congresso contra a decisão, e disseram que o presidente “legitima um governo que não respeita os direitos humanos”, ao referir-se ao governo dos Castro.

O tom da rede Fox também foi crítico. A manchete da página dizia: “Eles ganham”, e trazia a foto do líder da revolução cubana, Fidel Castro, e o atual presidente do país, Raul Castro.  A reportagem destaca a reação imediata dos parlamentares republicanos contra a negociação entre os governos.
 
"A Casa Branca cedeu muito e ganhou pouco”, disse em entrevista ao vivo ao canal, o senador republicano Marco Rubio,  da Flórida. Na avaliação dele, a reabertura do diálogo – já costurado secretamente – não impôs exigências ao governo Castro. “Não há nenhum compromisso com a liberdade de imprensa, expressão ou eleições. Nem para a criação de partidos políticos”, disse.

O futuro líder da Maioria (sob comando republicano) no Senado, Mitch McConnell, também criticou a negociação liderada por Obama, e assinou uma declaração conjunta com outros senadores do partido.

Do lado democrata, Obama recebeu apoio. "Hoje, abre-se um novo capítulo nas relações EUA-Cuba, que rejeita as políticas fracassadas do passado e abraça um novo futuro que melhor servir os interesses da América e melhorar a vida dos cubanos e de suas famílias", disse a senadora Barbara Boxer, da Califórnia.

Entre os políticos do partido do presidente americano, o discurso procurou referendar a defesa de Obama de que a abertura do diálogo é necessária porque o “isolamento não funcionou” em 53 anos.

Entre os jornais mais lidos, o editorial do New York Times diz que “o tempo provará que Barack Obama estava certo”, em retomar a conversa com Cuba. O jornal elogiou a postura do presidente e disse que a conversa – ainda que o embargo não tenha sido suspenso – já representa um marco na história dos dois países.

O Usa Today, um dos diários mais lidos no país, trouxe a manchete: “Obama abre a porta para Cuba” e diz que  “qualquer americano conhece os momentos-chave da longa história de antagonismo entre os EUA e Cuba”.

Depois de falar em tom bem-humorado sobre esses momentos-chave, o jornal conclui a reportagem dizendo que “o anúncio de Obama é um grande passo histórico. O Washington Post chamou o “descongelamento das relações” – termo técnico usado na diplomacia, como “fim de uma era da guerra fria contra Cuba”.

Editor Aécio Amado

Creative Commons - CC BY 3.0

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