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Japão impede fotógrafo de viajar à Síria para proteger a sua vida
Criado em 08/02/15 11h57
e atualizado em 08/02/15 12h50
Por Agência Lusa
Fonte:Agência Brasil
O governo japonês confiscou o passaporte de um fotógrafo que estava prestes a viajar para a Síria a fim de cobrir o conflito civil no país. A explicação dada é que foi a forma de “proteger a sua vida”, informou hoje a imprensa japonesa. As autoridades nipônicas tomaram a decisão após o rapto e execução de dois japoneses pelo grupo “jihadista” Estado Islâmico, que ameaça matar cidadãos japoneses “onde quer que estejam”.
Esta é a primeira vez que o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês retira, por motivos de segurança, o passaporte a um cidadão que estava prestes a viajar para o exterior, disseram fontes governamentais à agência Kyodo. O fotógrafo freelancer Yuichi Sugimoto criticou a medida, por considerar que “viola a liberdade de expressão”.
O ministério explicou que aplicou as regras que preveem a retirada do passaporte a um cidadão “para impedir que viaje, com o objetivo de proteger a sua vida”. As autoridades tomaram conhecimento da intenção de Sugimoto de viajar para a Síria na sequência de uma entrevista do fotógrafo na imprensa japonesa, e decidiram confiscar o seu passaporte depois de o profissional ter se negado a cancelar os seus planos, de acordo com a estação pública de televisão NHK.
Cerca de uma semana depois do assassinato do refém japonês Haruna Yukawa, os terroristas do Estado Islâmico divulgaram, no domingo passado, um vídeo que mostra a suposta decapitação do jornalista Kenji Goto, que tinha sido sequestrado pelo grupo “jihadista” em outubro.
Após a crise dos reféns, o governo japonês anunciou o reforço das medidas de segurança no interior e no exterior do país para proteger os seus cidadãos, e recomendou que não viajem para a Síria, Iraque ou outros países.
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