one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Parlamento do Canadá discute projeto de lei antiterrorista

Criado em 10/03/15 14h29 e atualizado em 10/03/15 14h30
Por Iara Falcão – Correspondente da Agência Brasil/EBC Edição:Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil

O projeto de lei antiterrorista apresentado pelo governo do Canadá no dia 30 de janeiro deste ano começa a ser debatido hoje (10) por um comitê parlamentar estabelecido para analisar a proposta. É a primeira de uma sequência de nove sessões para discutir o texto que tem provocado embates na cena política do país.

A proposta, também conhecida como projeto de lei C-51, amplia os poderes do Serviço Canadense de Inteligência e Segurança e das forças policiais para acesso a informações que, segundo o governo, serão uma tentativa de impedir a realização de atos terroristas e protegerão de forma mais efetiva os cidadãos do país. Caso o projeto seja aprovado da maneira proposta pelo governo, suspeitos podem ser detidos e impedidos de viajar, as agências federais podem trocar informações – inclusive confidenciais – para detectar possíveis ameaças e a apologia e a promoção de atos terroristas passam a ser crimes. Sites que abriguem propaganda terrorista, por exemplo, poderão ser retirados do ar.

Desde a apresentação da proposta ao Parlamento, em janeiro, o projeto tem levantado muitas críticas da oposição e de setores da opinião pública que zelam pelos direitos e pelas garantias individuais.
Quatro ex-primeiro-ministros se manifestaram conjuntamente há alguns dias para pedir um melhor mecanismo de segurança, temendo que, no afã das emoções – os canadenses foram vítimas de dois atentados terroristas em outubro do ano passado, um deles na própria sede do Parlamento e outro envolvendo dois militares –, os parlamentares decidam suprimir algumas liberdades individuais. Há ainda o receio de que o projeto propague o medo e o preconceito contra determinada parcela da sociedade, principalmente a minoria muçulmana.

O Partido Liberal, considerado principal opositor do governo conservador nas próximas eleições gerais em outubro, já manifestou a intenção de apresentar emendas.

Na manhã de hoje, o ministro da Segurança Pública, Steven Blaney, defendeu o projeto no comitê parlamentar fazendo uma referência ao holocausto ao justificar a proposta de impedir ações que possam ser consideradas de promoção ao terrorismo. “O holocausto não começou nas câmaras de gás. Começou com palavras”, disse.

Editor Lílian Beraldo
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário