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Seminário no Rio debate desafios e oportunidades dos Brics

Criado em 09/06/15 22h05 e atualizado em 09/06/15 22h28
Por Akemi Nitahara Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Apesar da interação diplomática, os países que formam o acrônimo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ainda precisam avançar nos acordos econômicos. A questão é tema do Seminário Internacional Brics - Desafios e Oportunidades, iniciado hoje (9) e que continua amanhã (10), na Fundação Getulio Vargas (FGV), promovido pelo Centro de Crescimento & Desenvolvimento da instituição.

A sigla Bric começou a ser usada em 2001, numa referência ao Brasil, à Rússia, Índia e China, países chamados de economias emergentes. Em 2006 a cooperação política foi oficializada na Assembleia Geral das Nações Unidas e em 2011 a África do Sul foi incorporada às discussões do grupo, e a sigla passou a ser Brics.

Para o diretor executivo da FGV/Crescimento & Desenvolvimento, Pedro Cavalcanti Ferreira, que mediou as apresentações de hoje, os Brics são muito estudados do ponto de vista diplomático e das ciências políticas, mas ainda faltam análises econômicas sobre o grupo, muito importante diante do crescimento da China e dos laços econômicos com os outros países.

"[Brics] é um tema muito quente entre os cientistas políticos e diplomatas, pessoas interessadas em relações internacionais, mas os economistas não deram muita atenção. Quando a gente começou a pensar no tema [do seminário], achamos que valia a pena chamar a atenção do ponto de vista dos economistas e trazer para a discussão os cientistas políticos também, porque as relações não só diplomáticas e políticas entre esses países vão ficar cada vez mais importantes, mas as relações econômica também", ressaltou.

Também diretor da FGV/Crescimento & Desenvolvimento, Roberto Castello Branco apresentou as diferenças e semelhanças entre as economias dos Brics. Segundo ele, a parte econométrica da pesquisa ainda está em desenvolvimento, mas a análise dos fatos mostra que, apesar de ter o crescimento fortemente desacelerado desde 2011, os Brics são economias importantes, que representam 29% do PIB global, e têm grande potencial de crescimento, com destaque para a China.

"A China está desenvolvendo ativamente iniciativas para ganhar poder global, tanto no mundo das finanças quanto politicamente, e desafiar a liderança dos Estados Unidos. Esses países se organizaram num grupo formal. O resultado disso ainda não sabemos, se [o grupo] é apenas uma peça do tabuleiro de xadrez ou se é realmente um mecanismo que vai estimular maior integração econômica entre esses países e ganhos reais", salientou.

Castello Branco destacou que os países têm várias características comuns de economias emergentes, embora tenham diferenças de experiência com a economia de mercado e na estrutura econômica.

Em sua análise, "o Brasil se parece mais com uma economia madura, desenvolvida, com muito consumo, serviços, país urbano, em contraste com a China, que é mais investimento, menos consumo, rural, mais indústria, menos serviço; a Índia, a mesma coisa. O Brasil é uma economia fechada para o comércio internacional, os outros são abertos, o que sugere ser uma fonte importante de baixa produtividade no Brasil, falta disposição, competição".

Hoje também foram apresentados aspectos sobre a nova posição da China no cenário geopolítico global, a convergência dos Brics nas votações das Nações Unidas e a posição do grupo na ordem mundial. Amanhã, serão tratados temas como as relações econômicas entre China e América Latina e os desafios para o crescimento dos países que compõem o Brics.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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