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Mudanças só me fizeram evoluir, diz Natália Falavigna
Criado em 30/07/12 18h24
e atualizado em 30/07/12 20h17
Por EBC na Rede
Confira aqui o quadro de medalhas completo
Com a calma que demonstrou para superar duas graves lesões no joelho, que a deixaram quase dois anos foram das lutas, Natália Falavigna diz que chega a Londres 2012 melhor do que quando desembarcou em Pequim, nos Jogos Olímpicos de 2008, onde conquistou o bronze.
“Muita coisa mudou. Mas eu chego contente com as mudanças, com o caminho que o ciclo olímpico tomou. Houve percalços, lesões no caminho. Mas estou contente com minha equipe de trabalho. Tive respaldo técnico e evolui bastante. Chegou hoje em 2012, melhor do estava em 2008. Amadureci com os problemas, com as mudanças e com os treinos”, conta Falavigna.
Aos 28 anos, a lutadora de taekwondo paranaense da categoria até 67kg, que se prepara para disputar sua terceira Olimpíada, acredita que os obstáculos enfrentados nos último ciclo olímpico foram importantes para a trilha percorrida até Londres.
Veja a entrevista que a atleta concedeu no Crystal Palace:
“Eu trabalhei muito para ter a oportunidade de disputar os Jogos. Quando se tem uma lesão é necessário reestruturar a parte física e foi isso que fiz nesse tempo. Mas isso me faz aproveitar ainda mais o momento, aproveitar os treinos. Isso me deixa feliz.”
Além das dificuldades com seu joelho lesionado, Falavigna sofreu com a desconfiança e a insegurança do retorno às competições. Em seu primeiro teste após a recuperação, no Pan de Guadalajara, em outubro de 2011, a lutadora fracassou. Ainda sem ritmo, perdeu na estreia.
“Para mim não pesou essa derrota, porque era a primeira vez que eu lutava desde a lesão. Mas para outras pessoas falam. Dentro do taekwondo eram as que mais queriam que eu não voltasse. Então tinha que provar que podia, com minha vontade”, lembra a campeã mundial em Madri 2005, na categoria até 72kg.
A resposta veio um mês depois, na seletiva pan-americana. Em sua última chance por uma vaga em Londres, a lutadora venceu todos os seus combates para carimbar o passaporte a Londres.
Munida pelo auxílio de três treinadores, o norte-americano Robert Fausset e os irmãos brasileiros Reginaldo e Clayton dos Santos, Falavigna chega a capital inglesa focada na chance de retomar um posto entre as melhores em sua categoria e uma nova medalha. Para isso, vem realizando trabalhos focados em suas potenciais adversárias. Também está se adaptando aos novos formatos do esporte. Em Londres 2012 será a primeira vez em uma Olimpíada que o colete dos lutadores será eletrônico, para marcar a pontuação dos atletas. Antes, os pontos eram decididos pelos árbitros da luta.
"Tenho muitas novas respostas a golpes. Agora, com esse trabalho de base, eu gosto muito de criar. E eles (treinadores) me deram a oportunidade de aprender e criar novos golpes e será assim que eu vou tentar pontuar nas lutas.”
Nos Jogos de Londres, Natália Falavigna vai defender o Brasil juntamente com Diogo Silva, que retorna aos eventos, após ser quarto lugar em Atenas 2004. Silva luta na categoria até 68kg.
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