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Meninas do handebol motivadas para encarar a campeã Noruega
Criado em 06/08/12 15h13
e atualizado em 06/08/12 15h28
A boa campanha na primeira fase dos Jogos Olímpicos de Londres não facilitou a vida da seleção brasileira de handebol feminino nas quartas de final. O time, primeiro lugar no Grupo A, terá um confronto complicado para enfrentar. Nesta terça-feira (7), 6h (horário de Brasília), a equipe encara a Noruega, atual campeã mundial, Olímpica e Europeia.
Apesar de afirmar que não aguardava facilidades, o técnico do Brasil Morten Moubak admite que não esperava enfrentar as atuais melhores do mundo logo na primeira fase eliminatória. Depois de perder da Espanha, a Noruega classificou-se apenas em quarto lugar no Grupo B.
“Não existe um adversário tranquilo nessa olimpíada. No nosso grupo, Angola mostrou isso. Elas não perderam feio para ninguém. Os resultados da outra chave mostraram o equilíbrio. A surpresa foi a Noruega. Ninguém esperava que um campeão mundial, olímpico, europeu, que mandam no handebol ficasse em quarto lugar. Teremos que enfrentar a Noruega e estamos preparados.”
A derrota das Norueguesas para as espanholas gerou desconfiança. A imprensa também sugeriu uma possível “marmelada” norueguesa para seguir um caminho mais tranquilo em busca do bicampeonato olímpico. Se houve tramoia ou não, as jogadoras brasileiras preferem não se envolver na polêmica. Mas avisam que vão fazer de tudo para mostrar para as norueguesas que optaram por uma estratégia errada.
“Não tem o que falar. Todo mundo viu. Quem conhece a Noruega sabe como elas jogam. Se fizeram isso, o problema é delas. Nós vamos fazer a nossa parte e jogar handebol. Será o jogo da nossa vida”, avisou a armadora Deonise.
Armas táticas
Enquanto as jogadores encontram ainda mais fatores motivacionais para o jogo de suas vidas, o técnico Moubak vai atrás da parte tática para surpreender as rivais. O dinamarquês, desde 2009 à frente das meninas do handebol brasileiro, conhece bem as rivais e aponta as dificuldades que sua equipe deve ter.
“Noruega é famosa no feminino pela defesa forte e por ter grandes goleiras. Também possui o melhor contra-ataque do mundo. São organizadas. Estão em outro nível. Acho que possuem até uma comissão técnica maior que a própria equipe”, diz Moubak, ao elogiar a estrutura de trabalho norueguês.
Otimista, porém, Moubak afirma que sua equipe está preparada. Apenas buscará, momentos antes da partida, conversar com as atletas e além da motivação, passar a elas alternativas táticas.
“Agora não dá para mudar nada. O que podemos é fazer alterações táticas. Temos que pensar nisso baseando-se no adversário. Mas vamos focar nos nossos pontos fortes e jogar.
Apoio pelas redes sociais
Enquanto muitos esportistas da delegação brasileira, ao chegar em Londres, preferiram se distanciar das redes sociais e sites, em busca de concentração para as disputas, caso do nadador Cesar Cielo, as meninas do handebol fazem ao contrário. É na internet e no contato com familia, amigos e torcedores, que são cada vez maiores, que elas encontram ânimo para as partida em busca da medalha olímpica.
“A gente tem bastante contato pelas redes sociais, todos dando muita força. É um incentivo a mais para gente. Para entrar em quadra e defender o povo brasileiro. Isso é bom pra o handebol no Brasil e para fazer crescer o esporte”, disse a central Mayara.
Confira a entrevista:
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