one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Daniel Dias superou recorde de medalhas em Londres

Imagem:

Compartilhar:

Com desempenho inédito, Brasil se despede das Paralimpíadas sob olhares do mundo

Criado em 09/09/12 14h30 e atualizado em 09/09/12 14h37
Por Bernardo Medeiros Fonte:Portal EBC

Daniel Dias superou recorde de medalhas em Londres
Daniel Dias superou recorde de medalhas em Londres (Buda Mendes/CPB)

Pódio triplo, lenda nas piscinas, polêmica no tamanho das próteses. Sede dos próximos Jogos Paralímpicos, o que já desperta inevitável atenção, o Brasil atraiu olhares externos também pelo desempenho dos atletas. O país encerrou sua participação na edição londrina com recorde de medalhas de ouro conquistadas e a inédita sétima colocação no quadro-geral.

Com o ouro de Tito Sena na maratona T46 na manhã deste domingo (9), o país se despede com 43 medalhas: 21 de ouro, 14 de prata e  oito de bronze. O sétimo posto era a meta traçada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Em Pequim, há quatro anos, foram 47 pódios, mas com 16 medalhas de ouro, o que deixou o país na nona colocação geral. Em Londres, o país terminou em sétimo. O objetivo do CPB para 2016 é que a delegação alcance a quinta posição. Em Londres, a Austrália terminou na posição ao conquistar 31 ouros (83 medalhas no total).

Ao contrário dos Jogos Olímpicos, em que tradicionalmente o Brasil conquista mais medalhas em esportes coletivos, a maioria dos pódios paralímpicos foi de atletas individuais. Apenas o futebol de 5, o goalball masculino e a bocha em duplas conquistou medalhas coletivas em Londres. Outros 26 atletas foram responsáveis pelas demais 40 medalhas.

As medalhas, mais uma vez, foram polarizadas entre o atletismo e a natação. No estádio olímpico, foram 18 medalhas. A 19ª medalha do atletismo foi conquistada nas ruas, na maratona T46. Nas piscinas, o Brasil obteve 14 medalhas, com nove de ouro, uma a mais do que o atletismo.

O desempenho no centro aquático ocorreu, sobretudo, pelo fenômeno chamado Daniel Dias. O nadador retorna ao Brasil com o status de lenda do esporte. Foram seis finais individuais e seis ouros. Quatro recordes mundiais e um paralímpico. Somente a nadadora australiana Jaqueline Freney, com oito triunfos, deixa Londres com mais medalhas de ouros. Somada as outras nove conquistas em Pequim (quatro ouros, quatro pratas e um ouro), Dias ultrapassou a velocista Ádria Santos o seu ídolo Clodoaldo Santos e se tornou o maior medalhista brasileiro da história, com 15 pódios.  As outras três medalhas de ouro da natação são de André Brasil, que ainda obteve outras duas pratas.

No atletismo, Alan Fonteles se destacou. Terezinha Guilhermina conquistou dois ouros, mas o triunfo do atleta nos 200m T44 causou perplexidade no estádio olímpico. O motivo? A lenda Oscar Pistorius estava na prova. Se não bastasse o ouro com recorde mundial, a reclamação (e desculpas) do sul-africano por conta da altura das próteses o tornou o atleta brasileiro mais comentado em Londres.

O atletismo ainda garantiu pela primeira vez um pódio integralmente verde-amarelo. Terezinha Guilhermina, Jerusa Santos e Jhulia Karol foram, respectivamente, ouro, prata e bronze nos 100m rasos T11. A festa no pódio, com direito a trenzinho e passos de dança, teve a companhia dos guias Guilherme Santana, Leonardo Lopes e Fábio Dias.  Londres foi a 1ª  edição dos Jogos em que os auxiliares também foram premiados. Terezinha e Guilherme proporcionaram, também, uma cena dramática. Na final dos 400m, o guia caiu durante a prova e a atleta também se lançou ao solo.

Jovane Guissone entra para a história pelo ineditismo. Foi o primeiro brasiliero a medalhar na esgrima de cadeira de rodas. Único esportista da modalidade na delegação, conquistou o ouro na categoria B da espada.

Além do bicampeonato em duplas BC4, com Eliseu Santos e Dirceu Pinto, a bocha brasileira teve ainda outros dois ouros (com o prório Dirceu Pinto na BC4 e Maciel Sousa na BC2) e um bronze de Eliseu na BC4. Com as quatro medalhas, a bocha foi a única modalidade com mais de uma medalha em disputa em que o Brasil foi o líder geral. O futebol de 5, para deficientes visuais, comprovou a supremacia do esporte brasileiro. O time foi tricampeão ao bater a França por 2 a 0 e é o único medalhista de ouro desde que a modalidade foi incluída nos Jogos, em Atenas-2004.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário