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Queimada em Novo Progresso, no Pará, destrói um trecho da Floresta Amazônica

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Queimadas na Amazônia podem aumentar em até 50%

Criado em 04/12/12 10h10 e atualizado em 07/12/12 11h30
Por Allan Walbert Fonte:Portal EBC

(Não utilizar esta foto) Agropecuária na Amazônia
Fazenda de gado, onde antes havia selva, entre Querência e São José do Xingu, em Mato Grosso (Federico Bellone/2010/Amazônia Sob Pressão)

Entre os países que fazem parte da Amazônia, o Brasil registrou 90% do total de queimadas de 2000 a 2010 na região, conclui o atlas Amazônia Sob Pressão, divulgado pela Rede Amazônica de Informação Georreferenciada (Raisg). A estimativa é de que, até 2050, as queimadas em domínios amazônicos sofram um crescimento de até 50%.

Os anos de 2002, 2004 e 2005 foram os que mais registraram focos de calor, principalmente nos meses de agosto, setembro e outubro. A Amazônia brasileira, que contabilizou em uma década 1.194.060 focos, faz com que o país registre 90% de todo o número.

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O atlas ressalta que houve mudança na forma tradicional de manejo do fogo por povos indígenas, em adaptação às mudanças climáticas.

“O fogo é parte do modelo agrícola de Corta e Queima que tem sido praticado há milênios na Amazônia por povos indígenas e, mais recentemente,  também por outras populações locais. Nos último 50 anos, foi utilizado em uma maior escala. Muitas vezes, o fogo foi associado ao desmatamento para converter extensas áreas de bosques amazônicos em paisagens agropecuárias”, contextualiza o atlas.

Um dos exemplos da mudança do paradigma de controle do fogo pelos indígenas é o do Parque do Xingu, em Mato Grosso, definido pelo estudo como “uma ilha de bosque cercada por desmatamento produzido nos últimos 20 anos por atividades agropecuárias, onde vivem 16 etnias em mais de 50 comunidades”. Em algumas delas, há alguns anos foram iniciados processos experimentais para a criação de novas técnicas de manejo.

O atlas ressalta que alguns fatores podem ajudar a aumentar a vulnerabilidade das matas aos incêndios, a exemplo do avanço da fronteira agrícola; corte de árvores, diminuindo desta forma a umidade relativa da floresta; longos períodos de seca; e a falta de adaptação da flora local para resistência ao fogo. As principais consequências dos pontos de calor são perda de biodiversidade, poluição, emissão de gases de efeito estufa e mudanças no microclima.

Confira o mapa que ilustra a quantidade de focos de calor na Amazônia, entre 2000 e 2010

*Com informações da Raisg

Creative Commons - CC BY 3.0

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