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A CPMI da Petrobras se reúne para definir plano de trabalho

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CPI Mista da Petrobras deve convocar ex-contadora do doleiro Alberto Youssef

Criado em 20/08/14 21h11 e atualizado em 21/08/14 08h30
Por Luciano Nascimento Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

A ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza, pode ser uma das próximas pessoas a prestar depoimento na CPI Mista da Petrobras, no Congresso Nacional. O presidente em exercício da CPI Mista da Petrobras, senador Gim Argello (PTB-DF), disse nesta quarta-feira (20) que vai pôr na pauta o requerimento convocando a contadora que trabalhava para Youssef, preso pela Polícia Federal (PF) sob acusação de lavagem de dinheiro, corrupção e outros crimes.

Argelo lembrou que o relator da comissão, deputado Marco Maia (PT-RS), fez ofício pedindo que a contadora seja ouvida pela CPI Mista; o mesmo foi solicitado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR); e ele acredita que o requerimento para tanto seja votado na reunião do dia 3 de setembro, durante o próximo esforço concentrado do Congresso.

Nesta quarta-feira, a CPI Mista da Petrobras ouviu os depoimentos de dois funcionários da estatal: o gerente jurídico internacional da Petrobras, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, e o gerente de Segurança Empresarial, Pedro Aramis de Lima Arruda.

Na semana passada, Meire Poza compareceu à reunião da Comissão de Ética da Câmara para tratar do envolvimento de Youssef com o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA), e disse que o doleiro repassou mais de R$ 1 milhão ao parlamentar baiano.

O doleiro foi alvo da Operação Lava Jato da PF, que investigou denúncias de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões. A operação também prendeu o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, suspeito de receber propina do esquema de corrupção.

Para o deputado Marco Maia, a ida de Meire Poza à CPI Mista será boa oportunidade para confrontar com as informações que Youssef prestará à comissão, em depoimento ainda sem data marcada. “Acho que é um depoimento importante, pois ele trata sobre muitos contratos da Petrobras e sobre temas relevantes,” disse Maia. “Eu até pretendo, se o presidente [da CPI  Mista] assim entender, trazer o Youssef e ouvir primeiro o doleiro para, depois, confrontar com as informações prestadas pela contadora”, defendeu.

A CPI Mista aprovou ainda outro requerimento de autoria do deputado Rubens Bueno, pedindo informações a cartórios do Rio de Janeiro sobre doações de bens a parentes, feitas pela presidenta da Petrobras, Graça Foster, e pelo ex-diretor da Área Internacional da estatal Nestor Cerveró. O líder do PPS disse que reportagem publicada no jornal O Globo mostra que os dois transferiram a posse de imóveis a parentes.

Segundo Bueno, a alteração teria ocorrido antes de o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar o bloqueio de bens de dirigentes e ex-dirigentes da Petrobras, considerados responsáveis por prejuízo de US$ 792,3 milhões que a Petrobras teve com a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. "No caso, é uma confissão clara de que houve crime, e eles praticaram isso ao doar patrimônios a parentes para poder se livrar da devolução dos recursos à Petrobras", atacou.

Para Marco Maia, ainda é preciso averiguar a veracidade das informações. O petista defendeu que a CPI mantenha o foco nas investigações sobre a compra da Refinaria de Pasadena e na suspeita de que a empresa holandesa SBM Offshore pagou propina a funcionários da estatal. Segundo o deputado, "não dá para investigar todas as denúncias" que chegam à comissão. "É mais um requerimento que vem para o debate na CPI. Se for uma informação relevante, precisamos olhar se de fato aconteceu, se [as denúncias] são reais," disse. "As trocas de ativos particulares aconteceram antes da própria CPI ou de qualquer outra decisão do TCU. Vamos precisar olhar melhor o caso para saber se é uma informação relevante para a CPI", argumentou.

 

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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