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Ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa fica em silêncio em depoimento na CPMI

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CPMI da Petrobras: ex-diretor poderá ser ouvido novamente

Criado em 19/09/14 08h28 e atualizado em 19/09/14 08h44
Por Agência Câmara Notícias

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, deputado Marco Maia (PT-RS), afirmou que assim que forem esclarecidos os termos do acordo de delação premiada do ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, a CPMI pode voltar a ouvi-lo e questioná-lo de forma mais precisa sobre as denúncias de corrupção.

No início de seu depoimento desta quarta-feira na CPMI, Paulo Roberto Costa afirmou que usaria seu direito de permanecer em silêncio, independentemente de a sessão ser aberta ou fechada.

O presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), assinalou que o trabalho da CPMI foi frustrado pelo silêncio do depoente, no entanto o processo investigatório seguirá para outra fase. “Nós tentamos sensibilizar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para a possibilidade de compartilhamento efetivo de informações sobre a delação premiada”, disse.

Ida ao STF
Os integrantes da CPMI já agendaram uma reunião com ministros do STF para a próxima terça-feira (23), às 18 horas, para solicitar informações sobre a delação e saber quando os parlamentares poderão ter acesso à integra do processo.

Os parlamentares negociam uma data para audiência com o procurador-geral Rodrigo Janot.

Rêgo afirma que a dificuldade de acesso a detalhes do acordo não prejudicará as funções da comissão a qual também já fez análises sobre o sigilo de dados bancários e telefônicos.

Vital do Rêgo pediu a prorrogação até 23 de dezembro do prazo para a CPMI apresentar relatório. O prazo original para a conclusão dos trabalhos era em 23 de novembro. O objetivo do senador é dar continuidade às funções investigatórias e compensar o período do “recesso branco.”

O deputado Marco Maia assumiu o compromisso de dar continuidade aos trabalhos mesmo durante o período eleitoral, sem que haja interrupção no processo investigatório.

Leia também: Janot nega pedido do governo para acessar depoimento de ex-diretor da Petrobras

 

Depoimento

Paulo Roberto Costa se eximiu de responder a todas as perguntas dos parlamentares com o argumento de que tem o direito de permanecer em silêncio. Um dos primeiros questionamentos foi do relator Marco Maia sobre o desvio de recursos a empreiteiras no âmbito da construção da refinaria Abreu e Lima.

Costa também manteve sua reserva de sigilo em relação às perguntas sobre detalhes do acordo de delação premiada e sobre seu suposto vinculo com o doleiro Alberto Youssef.

Os parlamentares chegaram a votar requerimento que pedia a transformação da sessão de aberta em fechada, mas por 10 votos a 8, os integrantes da CPMI decidiram manter a sessão aberta porque o depoente disse que manteria a posição mesmo que a reunião fosse fechada.

Durante e depois da reunião desta quarta, os líderes partidários manifestaram a frustração com a falta de esclarecimento das supostas denúncias de Costa às vésperas da eleição, como afirmou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). "Estou preocupado com quem assaltou a Petrobras. Não é justo a população brasileira definir o seu voto sem saber quem, de fato, agiu como político ou como marginal, surrupiando a Petrobras".

O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), foi outro que lamentou a falta de depoimento. "Lamento porque, ao não falar, continuam o espetáculo e a postura enganadora e mentirosa. A oposição tem uma grande aliada que é a grande mídia. Nós queremos a verdade em todas as circunstâncias".

O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), também protestou. "O PMDB não tem nada a esconder. O PMDB gostaria, sim, que o senhor Paulo Roberto aqui confirmasse ou desmentisse os nomes dos parlamentares que supostamente foram mencionados como participantes ou não de sua suposta delação. Porque pior do que deixar em aberto nomes de parlamentares que não foram citados, é citar ou vazar nomes de parlamentares que não têm, sequer, o direito de defesa porque não sabem, sequer, daquilo que estão sendo acusados às vésperas de um processo eleitoral".

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