one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA) está sendo investigado por envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff - preso na operação Lava Jato da Polícia Federal

Imagem:

Compartilhar:

Comissão de Ética adia votação de parecer que pede cassação de Argôlo

Criado em 14/10/14 20h11 e atualizado em 14/10/14 20h30
Por Luciano Nascimento Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

A Comissão de Ética da Câmara adiou para o próximo dia 22 a votação do parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO), que propõe a cassação do mandato de Luiz Argôlo (SD-BA) por quebra de decoro parlamentar. O adiamento foi motivado por um pedido de vista coletivo dos deputados Sérgio Brito (PSD-BA) e Pastor Eurico (PSB-PE).

Luiz Argôlo é investigado por denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Trechos de conversas entre o deputado e o doleiro divulgados por jornais e revistas apontam para a existência de negócios ilícitos envolvendo os dois, como lavagem de dinheiro.

Veja também no Portal EBC:

Contadora divulga aúdio em que advogado de Argôlo oferece dinheiro por silêncio

Justiça diz que depoimentos de Costa e Youssef foram em audiência pública

A defesa do deputado alegou à comissão que os recursos repassados a Argôlo por Youssef eram referentes a uma transação de venda de um terreno e que foi vítima de um vazamento seletivo.

“Houve evidente quebra de decoro. Todo ato atentatório à dignidade do Parlamento é quebra de decoro. Agente público que pede dinheiro, não só quebra o decoro como comete crime na esfera penal: corrupção passiva e tráfico de influência. E a solicitação desses valores não tem conexão com os argumentos apresentados pela defesa de que seria para a compra de um terreno”, afirmou Rogério após a leitura do relatório.

O deputado disse que já esperava o pedido de vista, mas descarta a hipótese de ser uma tentativa de derrubar seu parecer, que pede a cassação de Argôlo. “O pedido de vista  é regimental no sentido de garantir a ampla defesa, o que não significa que quem pediu vista vá apresentar um voto em separado e que este vá prevalecer”, afirmou. Para que outro relatório seja aprovado, o meu tem que ser rejeitado”, explicou.

Duas representações contra Argôlo por quebra de decoro parlamentar foram analisadas pelo Conselho de Ética: uma apresentada pela Mesa Diretora da Câmara após as investigações da Corregedoria da Casa e outra, protocolada no conselho pelo PSOL.

Durante o processo, em audiência realizada pelo conselho no início de setembro, Meire Poza, ex-contadora de Youssef, disse que ele e Argôlo eram sócios e que, em uma das viagens a Brasília, o doleiro ficou hospedado no apartamento do deputado. Meire revelou que o parlamentar recebeu mais de R$ 1 milhão do doleiro.

No parecer, Marcos Rogério diz que as provas são “fortes” e que a conclusão pela cassação por quebra de decoro foi inevitável. “É evidente a procedência das representações formuladas pela Mesa Diretora e pelo PSOL contra o representado. Suas relações com Alberto Youssef, longe de serem apenas referentes à venda de um imóvel, envolvem tráfico de influência e prática de negócios e pagamentos ilícitos, bem como, possivelmente, de corrupção e lavagem de dinheiro.”

Editora: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário