one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


imposto de renda economia

Imagem:

Compartilhar:

Governo e Congresso fecham acordo para reajuste escalonado da tabela do IR

Criado em 10/03/15 22h24 e atualizado em 10/03/15 22h40
Por Mariana Jungmann Edição:Luana Lourenço Fonte:Agência Brasil

Os líderes do Congresso e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fecharam hoje (10) acordo para a correção da tabela do Imposto de Renda de forma escalonada. Em reunião na presidência do Senado nesta noite, ficou acertado que o governo vai editar uma medida provisória amanhã (11) com os novos índices de correção.

A MP vai estabelecer a correção escalonada na tabela: nas duas primeiras faixas salariais, o imposto de renda será reajustado em 6,5%. Na terceira faixa, o reajuste será de 5,5%; na quarta faixa será reajustado em 5%; e na última faixa – que contempla os salários mais altos – será reajustado em 4,5%.

Com a correção, quem ganha até R$ 1.903,98 estará isento do imposto. Na faixa entre R$ 1.903,99 e R$ 2.826,65, o contribuinte pagará 7,5% de IR. A alíquota de 15% passará a incidir sobre as rendas entre R$ 2.826,66 e R$ 3.751,05. Na quarta faixa, estão os cidadãos que ganham entre R$ 3.751,06 e R$ 4.664,68, que pagarão imposto de 22%. A maior alíquota, de 27,5% passa a ser aplicada a quem recebe a partir de R$ 4.664,69.

Segundo Levy, o impacto da correção da tabela será de mais de R$ 6 bilhões. Ele disse que o governo vai encontrar outras formas de compensar a perda de receita para não comprometer o ajuste fiscal, mas não especificou onde podem ser feitos outros cortes. “É um impacto, mas o movimento original que a presidenta [Dilma Rousseff] tinha feito [correção de 4,5%] também era um valor bastante significativo. Mas era uma promessa dela, o Senado e a Câmara também manifestaram o desejo. Nós vamos encontrar recursos ao longo do ano para, sem deixar de cumprir a meta fiscal que foi aprovada na LDO, conseguirmos dar esse reajuste da tabela que é bastante importante”, disse.

De acordo com o ministro, todos os brasileiros que pagam Imposto de Renda da Pessoa Física serão beneficiados pelo reajuste, em especial os que ganham menos.

A oposição, no entanto, promete votar contra o acordo amanhã, quando o Congresso se reunirá para votar o veto da presidenta Dilma ao projeto de lei que implementava o reajuste de 6,5% para todas as faixas de renda. Segundo o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), a nova tabela não contempla as perdas com a inflação e o acordo com o governo não prevê que o Executivo faça cortes em seus próprios gastos.

“O nosso compromisso era a reposição da inflação, que já não é mais nem 6,5%. A inflação já está chegando em quase 8%. A oposição também exige que o governo tenha autocrítica e reconheça os erros cometidos. E, principalmente, que aponte os caminhos de desenvolvimento para o futuro. O governo nesse instante só pensa em arrecadar cobrando mais impostos das pessoas. A oposição é contra essa postura”, disse Cunha Lima.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que intermediou o acordo com Levy, considerou a edição de uma medida provisória negociada entre governo e Congresso “um avanço institucional”. No entanto, segundo ele, o acordo não encerra o desgaste na relação institucional entre os Poderes, acirrado nos últimos dias.

“Eu não digo que é uma trégua na relação com o Planalto. Não é. O Congresso vai sempre fazer a sua parte e cumprir seu papel. Tem muita gente que pensa que Congresso fraco ajuda a democracia, e não ajuda. Mas sem dúvida que a edição de uma medida provisória como consequência de uma negociação prévia com o Congresso é um avanço institucional”, disse.

A expectativa é que, além do veto ao projeto que mudava a tabela do IR, o Congresso aprecie amanhã mais 9 vetos presidenciais e a Lei Orçamentária Anual de 2015. A sessão está marcada para as 11h.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário