one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Renan Filho pede a Joaquim Levy que regulamente lei sobre dívidas estaduais

Criado em 03/03/15 13h13 e atualizado em 03/03/15 13h17
Por Daniel Lima – Repórter da Agência Brasil Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

O governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), se reuniu na manhã de hoje (3) com o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para pedir a regulamentação da lei que muda o indexador da dívida dos estados, aprovada no ano passado. Segundo o governador, seu estado está extremamente endividado e uma mudança nesse sentido ajudaria a reduzir os juros da dívida. De acordo com Renan Filho, Joaquim Levy disse que, no primeiro quadrimestre do ano, o ministério está “fazendo o dever de casa e observando cenários” para que possa, então, discutir a regulamentação da legislação, entre outros assuntos. 

A lei que muda o indexador foi sancionada em novembro. Com ela, o indexador que corrige as dívidas dos atuais 6% a 9% de juros mais IGP-DI pode passar para 4% de juros mais Selic ou IPCA. 

“Alagoas tem uma dívida total de aproximadamente R$ 10 bilhões, que serão reduzidos com a mudança de indexador”, disse Renan. Ele destacou que a mudança no indexador poderá reduzir o “custo altíssimo” das parcelas da dívida de Alagoas, que paga aproximadamente R$ 60 milhões do serviço da dívida, por mês. 

“O governo de Alagoas paga 11,5% de dívida. Além disso, tem uma dívida extra limite de 4,5%. Para um estado pobre isso signfica toda a capacidade de investimento e impede que ofereçamos serviços de qualidade para a população”, disse Renan Filho.

O governador enfatizou ainda que não tem cumprido a Lei de Responsabilidade Fiscal, criada para controlar os gastos públicos, pois recebeu o estado com "sérios" problemas de caixa. Entre os problemas, Renan citou o comprometimento das receitas com a folha de pagamento dos servidores do estado. “O estado está com 49,71% de comprometimento da Receita Corrente Líquida com a folha de pagamento. Portanto, é outra situação que, somada com a dívida e com o déficit da previdência, fazem de Alagoas um estado com as finanças extremamente comprometidas. Por isso nós vamos precisar sempre aqui da boa relação com o governo federal”, ponderou.

Renan Filho considera que fez um "ajuste duro", com cortes de 30% dos cargos comissionadas, por exemplo. Também lembrou que o Estado está revendo contratos e despesas, como forma de se enquadrar novamente na Lei de Responsabilidade Fiscal e melhorar as finanças estaduais. “É lógico que, para equilibrar as contas, nós precisamos fazer três coisas: gastar menos, arrecadar mais e a terceira, mais eficiente, as duas coisas ao mesmo tempo. Vai ser um ano muito duro. É o mesmo que o governo federal está tentando fazer. O problema é que esses cortes são sempre complicados porque trazem reflexos que precisam ser enfrentados”, avaliou.

Ao deixar o encontro, ele disse que não conversou com Joaquim Levy sobre a ausência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pai do governador, no jantar da presidenta Dilma com o PMDB, na noite de ontem (3). “Essa relação não é entre ministro e governador. Ele não tocou nesse assunto. Acho que essa relação é entre Presidência da República e Congresso Nacional. Não foi um posicionamento do PMDB”, concluiu Renan filho.

Editor Denise Griesinger
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário