one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini

Imagem:

Compartilhar:

CNBB diz que defesa do aborto é "criar mentalidade de violência"

Criado em 21/03/13 18h52 e atualizado em 21/03/13 20h41
Por Aline Leal Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini
O bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal para Vida e Família da CNBB, dom João Carlos Petrini (CNBB/Divulgação)

Brasília - A Igreja Católica considera "criar uma mentalidade de violência" a posição favorável do Conselho Federal de Medicina (CFM) ao direito da mulher de abortar até a 12ª semana de gestação. “Hoje grande parte das famílias brasileiras deve comentar esta posição e a mensagem que pode ser passada às crianças é que quando alguém atrapalha pode ser eliminado, cria uma mentalidade de violência”, disse dom João Petrini, presidente da Comissão para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O religioso disse que a Igreja reconhece que existem mulheres em situações dramáticas - abandonadas pelo pai da criança, em situação de miséria e outras dificuldades -, porém a entidade defende a criação de políticas públicas que acolhem essas gestantes.

“Apoiar o aborto é um atalho, é tomar o caminho mais fácil. Mas esse problema demanda um esforço maior [do Estado]. Deveriam criar políticas públicas que ofereçam condições de acompanhamento da gravidez. Caso contrário o risco é muito maior para a mãe e para a sociedade”, sustenta dom Petrini, que citou a adoção como um ponto a ser debatido.

LEIA TAMBÉM:
- Feministas consideram avanço Conselho de Medicina apoiar direito ao aborto
- Defendemos a autonomia da mulher, diz presidente do CFM

- CFM anuncia apoio ao direito de aborto até a 12ª semana de gestação
- Relator do novo Código Penal diz que decisão sobre aborto será no Congresso

O CFM anunciou que vai enviar à comissão do Senado que analisa a reforma do Código Penal um documento em que defende o direito da mulher de abortar até a 12ª semana de gestação. O conselho argumentou que defende a autonomia da mulher de levar ou não uma gravidez adiante. A entidade alega que o aborto é a quinta causa de mortalidade materna no Brasil, sobretudo entre mulheres negras e pobres.

Segundo dom Petrini, a mulher tem direito à autonomia sobre sua vida, mas não pode dispor da vida do filho, e que isso não é questão de fé. “Ele não é um amontoado de células como a unha ou o cabelo que se pode cortar, ele só está abrigado nela. Se preza a dignidade da mãe, mas esquecem da dignidade do bebê. Não é questão de fé, é de avanço científico”, disse.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto quando a gestação coloca em risco a vida da mãe e quando é resultado de violência sexual. Além dessas situações, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que grávidas de fetos com anencefalia também podem interromper a gestação, mas a decisão não configura alteração do Código Penal.

Edição: Carolina Pimentel

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário