one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


De acordo com o último informe da Organização Mundial de Saúde (OMS), já são 1.201 casos registrados de infecção por Ebola entre confirmados e prováveis, e 672 mortes na Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Imagem:

Compartilhar:

Ebola: conheça a doença e seus sintomas

Criado em 01/08/14 14h33 e atualizado em 13/10/14 17h26
Por Fernanda Duarte* Fonte:Portal EBC

e acordo com o último informe da Organização Mundial de Saúde (OMS), já são 1.201 casos registrados de infecção por Ebola
De acordo com o último informe da Organização Mundial de Saúde (OMS), já são 1.201 casos registrados de infecção por Ebola e 672 mortes na Guiné, Libéria e Serra Leoa. (Foto: Chris Black/OMS)

Um novo surto de ebola na África Ocidental tem deixado em alerta as autoridades de saúde em todo o mundo. Altamente contagiosa, a doença causa uma febre hemorrágica, que chega a matar de 60 a 90 por cento das pessoas infectadas.

De acordo com o último informe da Organização Mundial de Saúde (OMS), já são 1.201 casos registrados entre confirmados e prováveis, e 672 mortes na Guiné, Libéria e Serra Leoa neste ano.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, nenhum caso da doença foi registrado até o momento, mas o órgão segue acompanhando as atualizações diárias da OMS sobre a doença e monitorando o aparecimento de possíveis casos no país.

Leia também no Portal EBC:

Resultado negativo de exame descarta suspeita de ebola no Brasil

Obama determina investigação rápida sobre contágio por ebola no Texas

África já registra mais de 8 mil casos de ebola; confira mapa da doença

Ebola: tire suas dúvidas sobre o vírus

O Ebola

A doença foi identificada pela primeira vez em 1976, quando foram observados surtos simultâneos em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença.

O Ebola é uma doença causada por vírus do gênero Ebolavirus, que compreende cinco diferentes espécies de vírus: Bundibugyo ebolavirus (BDBV), Zaire ebolavirus (EBOV), Sudan ebolavirus (SUDV), Reston ebolavirus (RESTV) e Taï Forest ebolavirus (TAFV). Segundo dados da OMS, somente os três primeiros tipos de vírus têm sido associados à ocorrência de surtos de Ebola na África. Apesar da espécie Reston ebolavirus, encontrada na China e nas Filipinas, poder infectar humanos, nenhum caso da doença por este tipo de Ebolavirus foi registrada até o momento. Já a espécie Tai Forest está associada a casos da doença em animais, como chipanzés e gorilas.

Veja mais informações sobre a doença no vídeo produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU):

Sintomas

Os sintomas da infecção pelo Ebola costumam aparecer entre dois a 21 dias após a exposição ao vírus, mas como a maioria dos sinais se assemelham ao de viroses comuns, seu diagnóstico é dificultado.

Os principais sintomas da doença são: febre repentina, fraqueza, dor muscular, dores de cabeça e inflamação na garganta, seguidos de vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções hepáticas e renais. Alguns pacientes também podem apresentar erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e dificuldade para respirar e engolir, além de sangramentos internos e externos.

As hemorragias são causadas por uma reação entre o vírus e as plaquetas presentes no sangue humano. Essa reação produz uma substância capaz de danificar células e criar buracos nas paredes dos vasos capilares, que transportam o sangue. Como os níveis de glóbulos brancos e plaquetas são afetados pela doença, o organismo não consegue realizar o processo de coagulação do sangue e interromper os sangramentos.

Transmissão

O Ebola pode ser contraído mediante o contato direto ou indireto com sangue, secreções e outros fluídos corporais contaminados tanto de humanos como de animais.

De acordo com a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras, em algumas áreas da África, a doença foi registrada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.

Também foram relatados casos de pessoas que contraíram a doença em enterros após terem tido contato direto com o falecido vitimado pelo ebola.

A OMS alerta para o fato de que os homens podem transmitir o vírus por meio do seu sêmen por até sete semanas após terem se recuperado da doença.

O fim de um surto de ebola apenas é declarado oficialmente após o término de 42 dias sem nenhum novo caso confirmado, segundo as orientações da OMS.

Tratamento

Ainda não há um medicamento específico ou vacina para cura ou prevenção contra o ebola. Atualmente, o tratamento padrão para a doença está focado em aliviar os sintomas do paciente. O diagnóstico da doença é feito por meio de exames laboratório,  após a realização de cinco diferentes testes, que incluem a análise de amostras de urina e saliva. Assim que confirmada a doença, o paciente deve ser isolado e as autoridades de saúde pública notificadas.

Prevenção

Várias medidas estão sendo tomadas em todo o mundo para evitar a proliferação do vírus Ebola. Segundo a OMS, é possível controlar os surtos da doença adotando medidas relativamente simples, como a implantação de práticas básicas de biossegurança em serviços de saúde e no atendimento aos doentes (isolamento dos pacientes; uso de máscaras, luvas e aventais pelos profissionais de saúde; limpeza adequada de superfícies; entre outras) e, na comunidade, evitar que pessoas tenham contato com o sangue e fluidos corporais dos pacientes.

Porém, as condições precárias de atendimento aos pacientes e as práticas culturais e religiosas em áreas dos países atingidos têm dificultado a contenção do presente surto.

A entidade também frisa que apesar da gravidade da doença, não há necessidade de pânico entre a população, já que, por suas características, a possibilidade de disseminação global do vírus Ebola é muito baixa. Mesmo assim, a OMS está orientando os países a monitorar e sobre como proceder diante de possíveis casos da doença.

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que brasileiros que tenham viagens a esses países, evitem qualquer contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas doentes. Também os profissionais de saúde do país estão obrigados a notificar imediatamente às Secretarias Municipal e Estadual e ao Ministério da Saúde, de acordo com a Portaria Nº 1.271, de 6 de junho de 2014, os casos de viajantes que chegam ao Brasil provenientes desses países e apresentam os sintomas da doença produzida pelo vírus Ebola.

* Com informações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário