Profissionais esperados pelas empresas não condiz com contingente formado nas instituições de ensino, segundo gerente do Observatório Softex.

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Brasil pode perder R$ 115 bilhões por falta de profissionais de Tecnologia da Informação

Criado em 03/09/12 18h34 e atualizado em 03/09/12 19h25
Por Alana Gandra Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil [2]

Tecnologia da Informação
Profissionais esperados pelas empresas não condiz com contingente formado nas instituições de ensino, segundo gerente do Observatório Softex. (Gizmodo)

Rio de Janeiro - Se a escassez de mão de obra no setor de Tecnologia da Informação (TI) persistir, o Brasil pode deixar de arrecadar R$ 115 bilhões em receitas, em 2020, por causa da falta de profissionais. O alerta é da gerente do Observatório Softex [3], Virginia Duarte, durante a abertura hoje (3) do Rio Info.

A estimativa se baseia na publicação Software e Serviços de TI – A indústria brasileira em perspectiva, em que o observatório faz uma análise do mercado de trabalho de TI, considerando faixa etária, o perfil do profissional, carreira, condições de contratação, modelo de negócio, nível de escolaridade e remuneração.

“É um apanhado do perfil do profissional e do mercado”, disse à Agência Brasil a gerente da Softex, associação gestora do Programa para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com foco no desenvolvimento de mercados e em aumentar a competitividade da indústria brasileira de software e TI.

“O quadro mostra que vai existir uma escassez [de profissionais] e ela é tanto quantitativa, como qualitativa. Tem a ver com as competências que se espera do profissional do futuro”, explicou.

Virginia Duarte acrescentou que já existe uma distância entre os profissionais esperados pelas empresas e o contingente formado nas instituições de ensino.

De acordo com a gerente, se o quadro não mudar, o 'déficit' de receitas, em decorrência da falta de profissionais de TI, atingirá R$ 115 bilhões em 2020, levando em consideração valores de 2010.“Isso ['déficit'] é um mínimo, só se baseando na escassez do profissional de TI”.

Para evitar o colapso, é necessário dobrar a quantidade atual de profissionais na área até 2020, tanto de nível superior como de técnicos. Atualmente, existem um milhão de profissionais contratados formalmente (incluindo assalariados, sócios e cooperados), desconsiderando o mercado informal.

A receita média do setor tende a crescer 8,5% ao ano, excluindo uma possível falta de mão de obra, informou Virginia. Para acompanhar esse ritmo, estima-se ser necessário crescimento anual de 13% na quantidade de profissionais dedicados ao desenvolvimento de software e TI. Em bancos, no comércio e nas telecomunicações, segmentos que usam programas de computador e TI, a demanda por novos profissionais é da ordem de 5% ao ano.

Diante da dificuldade de captar alunos e interessados nos cursos profissionalizantes e de nível superior, uma alternativa para evitar a escassez de mão de obra é a qualificação dos atuais profissionais, aprimorando as competências do funcionário e os processos internos.

“O foco tem sido muito na tecla de formar gente, no sentido quantitativo. Essa é uma vertente importante, mas existe outra, que é a discussão de produtividade e qualidade”, apontou Virginia.

Ela ponderou que melhorar da produtividade pode significar a demanda por menos profissionais. “É um plano B para você resolver a questão da necessidade de gente”, disse.

Edição: Carolina Pimentel

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