Soldado israelense atira bomba de gás lacrimogêneo em manifestantes palestinos em Bet Omar, na Cisjordânia, durante protesto contra operação militar de Israel na Faixa de Gaza

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Embaixador no Brasil diz que Israel age na defensiva para proteger cidadãos

Criado em 20/11/12 10h48 e atualizado em 20/11/12 11h39
Por Renata Giraldi Edição:Talita Cavalcante Fonte:Agência Brasil [2]

Soldado israelense atira bomba de gás lacrimogêneo em manifestantes palestinos
Soldado israelense na Cisjordânia, durante protesto contra operação militar de Israel na Faixa de Gaza. (Abed Hashlamoun / Agência Lusa)

Brasília - No sétimo dia dos confrontos na Faixa de Gaza, o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, disse hoje (20) à Agência Brasil que está confiante na mediação de integrantes da comunidade internacional para um acordo de cessar-fogo entre israelenses e palestinos. Eldad negou que Israel promova uma ofensiva. “É uma defensiva. Estamos protegendo nossos cidadãos”, reiterou ele. O diplomata acrescentou que no Sul do país o “clima é complicado” e que escolas suspenderam as aulas para impedir que os estudantes fiquem sob a ameaça de bombardeios.

Agência Brasil - Como está a situação hoje no Sul de Israel, na região da Faixa de Gaza?
Rafael Eldad - Infelizmente o clima ainda está complicado. As escolas suspenderam as aulas para proteger os estudantes dos riscos e das ameaças. O comércio está parcialmente funcionando. Estamos tentando proteger nossos cidadãos dos ataques do grupo Hamas.

ABr - Há informações de que o governo dos Estados Unidos está de prontidão para retirar os norte-americanos que vivem na região. Outros países também estão dispostos a isso. Será um sinal de que os confrontos vão se prolongar?
Eldad - Tudo isso é fantasia. Os cidadãos que estão em Israel são israelenses. É responsabilidade  do governo de Israel proteger todos eles. Todos os cidadãos israelenses devem ser protegidos e defendidos. Os que estão na região [onde ocorrem os confrontos] estão resistindo e sofrendo da mesma forma.

ABr - A ofensiva israelense está mais intensa hoje? O senhor confirma isso?
Eldad - Não é uma ofensiva. É uma defensiva. Estamos protegendo nossos cidadãos. Há pelo menos 4 milhões de israelenses sob ameaça do Hamas, é como se 90 milhões de brasileiros estivessem correndo riscos, o que o governo do Brasil faria? Não sei o que o governo do Brasil faria. Nós, em Israel, estamos protegendo nossos cidadãos.

ABr - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, estão na região na tentativa de negociar um cessar-fogo. Israel aceitará essa mediação? 
Eldad - Só podemos aceitar um cessar-fogo quando houver um voto de confiança de que o Hamas não voltará a atacar. Sabemos que há um movimento diplomático para tentar um cessar-fogo. O Egito está bastante empenhado também. Israel busca a estabilidade do seu povo. Estamos aguardando.

ABr - O senhor vê disposição de integrantes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) em negociar um cessar-fogo?
Eldad - Há, sim. Mas entre a Autoridade [Nacional] Palestina e o Hamas existe uma divisão total que é histórica. Do outro lado [do Hamas], há um fundamentalismo cada vez maior que leva aos conflitos. Israel tenta buscar o equilíbrio.

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Edição: Talita Cavalcante

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