Cacique Guarani-Kaiowá na IV Aldeia Multiétnica

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MPF denuncia 19 pessoas pela morte de cacique desaparecido há um ano

Criado em 26/11/12 17h39 e atualizado em 26/11/12 18h14
Por Alex Rodrigues Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil [2]

Brasil – O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF-MS) denunciou 19 pessoas pelo homicídio do cacique do acampamento Guaviry, em Mato Grosso do Sul, Nízio Gomes, de 55 anos. Segundo o MPF, entre os denunciados, há fazendeiros, advogados e um secretário municipal, além de proprietários e funcionários de uma empresa de segurança privada.

A denúncia foi apresentada no início de agosto, mas só no último dia 8 a juíza responsável pelo processo autorizou a divulgação das informações do Processo 0001927-86.2012.4.03.6005, agora disponíveis no site [3]da Justiça Federal. O MPF-MS tornou pública sua iniciativa hoje (26).

O cacique guarani-kaiowá está desaparecido [4]desde 18 de novembro do ano passado, quando, de acordo com outros índios da etnia que presenciaram o ataque, um grupo de homens armados invadiu o acampamento Guaiviry, localizado entre Ponta Porã e Aral Moreira, na região sul do estado.

Segundo os índios, Nísio foi baleado, caiu ensanguentado, aparentemente sem vida, e seu corpo foi levado pelos pistoleiros para nunca mais ser visto. Posteriormente, a perícia policial confirmou presença de sangue humano no local onde o cacique  teria caído.

Embora o corpo de Nízio não tenha sido localizado até hoje, o MPF diz ter provas e indícios suficientes para atestar o homicídio qualificado. Além de depoimentos dos próprios réus, exames de DNA feitos com o sangue encontrado no local revelaram que o material era “geneticamente relacionado à mãe e aos filhos de Nízio Gomes”.

O MPF informou que os denunciados vão responder na Justiça por vários crimes relacionados à tentativa de expulsão dos índios do acampamento, ocupado pelos guarani-kaiowá poucos dias antes da ação que resultou no desaparecimento do cacique. Até ocupar a área, reivindicada como território tradicional indígena, o grupo vivia acampado às margens de uma rodovia estadual, onde também relataram ter sido atacados por homens armados.

Entre os crimes pelos quais os denunciados vão responder, conforme a participação de cada um, estão homicídio qualificado, lesão corporal, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de testemunha e formação de quadrilha ou bando armado.

Edição: Nádia Franco

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