Parada do Orgulho Gay - Rio de Janeiro, 2011

Imagem:

Compartilhar:

Passeata LGBT no Rio pede contra a violência e o preconceito sexual

Criado em 18/11/12 18h35 e atualizado em 18/11/12 19h02
Por Isabela Vieira Edição:José Romildo Fonte: Agencia Brasil [2]

Parada do Orgulho Gay RJ 2011
Parada do Orgulho Gay acontece no RIo de Janeiro neste domingo, 18 (Grupo Arco-Íris)

Rio de Janeiro- Milhares de pessoas lotaram a orla de Copacabana hoje (18) na 17ª Parada do Orgulho LGBT - Rio 2012.  Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, ao lado de familiares e amigos, protestaram contra a violência relacionada à orientação sexual do indivíduo e reivindicaram direitos civis, na capital fluminense.

Com o tema Coração Não Tem Preconceito. Tem Amor, a manifestação teve à frente dos 15 trios elétricos o movimento nacional Mães pela Igualdade, que ao lado de seus filhos gays, fizeram apelos a outras famílias. O pedido era, especialmente, pelo fim do preconceito que se reflete em atos de agressão. Em 2011, 266 pessoas LGBT morreram por essa razão.

Leia também:

Parada gay do Rio é ato político, diz organizador [3]

“Não quero que nenhum tipo de violência atinja meu filho e mais ninguém”, disse Kelly Bandeira, uma das mães. “Meu filho é gay e sei que, como as coisas estão, ele pode sofrer com insultos, xingamentos e até com morte. Muitos pagaram com a vida”, declarou.

“Lutamos para que a homofobia seja criminalizada, punida como crime de ódio, para que, se algo acontecer, que exista uma lei para culpar os homofóbicos”, acrescentou Mirna Gonçalves, destacando que a dor de perder um filho independe de orientação sexual dele.

Indiferente ao sol forte na orla, pessoas com fantasias e muitas maquiagem também chamavam atenção. Entre elas, o professor e ativista Léo Rosseti, que para pedir o direito ao casamento civil, estava vestido de noiva, assim como seu companheiro.

“Estamos buscando o direito ao casamento civil igualitário. Para união civil é preciso abrir processo no cartório, ao passo que um heterossexual, chega em qualquer instância e, simplesmente, casa. A gente depende de uma decisão judicial”, disse.

A manifestação também reuniu, pela primeira vez, grupo declaradamente evangélico. Com faixas, cartazes e camisetas, cerca de 150 jovens de Brasília, de Campo Grande, de São Paulo e do Rio, ofereceram abraços como forma de prestar apoio aos LGBT. De várias igrejas neopentecostais, eles se organizaram pelas redes sociais.

“Estamos distribuindo abraços grátis e dizendo que Jesus ama a todos”, explicou um dos organizadores, Thiago Amaral. “Não concordamos com o pecado, a gente conhece a bíblia, mas não viemos para falar que vão para o inferno. Não concordamos com a prática, mas não vamos discriminar. Jesus os amaria se estivesse entre nós”, declarou.

Para a organização não governamental Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT, organizadora da manifestação, a parada é uma momento político de afirmação e é um dos poucos momentos do ano em que os LGBT “podem sair do armário”.

“Hoje a homofobia é reproduzida nos ambientes familiar, na escola, no trabalho, na igreja, sabemos disso”, disse o presidente da ONG, Julio Moreira “É preciso um trabalho de educação com a sociedade, para que as pessoas entendam que a diversidade está aí”, completou.

Edição: José Romildo

Tags:  Cidadania [1], Copacabana [4], lgbt [5], ato [6], Direitos Humanos [7], diversidade [8], gay [9], homofobia [10], parada [11], rio [12], violência [13]
Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia [14] Fazer uma Reclamação [14] Fazer uma Elogio [14] Fazer uma Sugestão [14] Fazer uma Solicitação [14] Fazer uma Simplifique [14]

Deixe seu comentário