Comunidade LGBT defende uso de nome social para se identificar

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Pesquisa mostra que apenas 79 cidades têm legislação de combate à homofobia

Criado em 13/11/12 10h11 e atualizado em 13/11/12 11h34
Por Akemi Nitahara Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil [2]

Imagem - Comunidade LGBT defende uso de nome social para se identificar
No Brasil, 99 cidades reconhecem os direitos da população LGBT e 54 têm lei para o reconhecimento do nome social adotado por travestis e transexuais. (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Rio de Janeiro – Apenas 79 municípios brasileiros têm legislação de combate à homofobia, de um total de 5.565 analisados em 2011. É o que mostra a Pesquisa de Informações Básicas Municipais – Perfil dos Municípios (Munic), divulgada hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados indicam que somente 486 cidades adotam ações para o enfrentamento da violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Segundo o levantamento, 14% dos órgãos gestores de políticas de direitos humanos têm programas para a população LGBT, 99 reconhecem os direitos dessas pessoas e 54 têm lei para o reconhecimento do nome social adotado por travestis e transexuais.

Saiba mais:

Quase metade dos municípios não fiscaliza qualidade da água [3]

Número de municípios com órgão na área de direitos humanos mais do que dobra [4]

Apenas 6,2% dos municípios têm plano de redução de riscos de desastres naturais [5]

Em relação a projetos ou ações voltadas à infância e à adolescência, a pesquisa mostra que 5.358 têm esse tipo de iniciativa, com destaque para o combate ao trabalho infantil, a promoção do lazer, o atendimento à criança e ao adolescente com deficiência e o enfrentamento à violência sexual. Nos 5.077 municípios que têm programas destinados aos idosos, os principais pontos são a promoção da saúde e a acessibilidade em espaços públicos e no transporte.

A gerente da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE, Vânia Pacheco, destaca  que, por outro lado, poucos municípios têm programas voltados para a população de rua.

“Crianças, adolescentes e idosos são os principais alvos de políticas municipais de direitos humanos. Mas só 24,7% dos municípios executam alguma ação para a população em situação de rua. Não são todos os municípios que têm esse problema, são os mais populosos e de regiões metropolitanas. Mas já são 1.373 [as cidades] que declararam que têm algum programa ou ação.”

Com relação a pessoas com deficiência, 3.759 municípios (67,5% do total) declararam ter política específica na área. Segundo a pesquisa, a acessibilidade a espaços públicos de esporte e lazer aparece em 61,1% das cidades e a distribuição de órteses e próteses, 50,8%. Já as políticas de trabalho e renda estão presentes em apenas 25,9% e a acessibilidade no transporte público ocorre em 26,9%.

Somente 97 municípios tinham, no ano passado, legislação permitindo a entrada de cão-guia em espaços públicos fechados e 290 prefeituras liberavam o acesso deles aos seus prédios.

Quanto o assunto é adolescente em conflito com a lei, 17,7% dos municípios declararam ter Plano de Atendimento Socioeducativo. O número de cidades com centros de internação para esses jovens caiu de 482, em 2009, para 465 em 2011.

Edição: Juliana Andrade

Creative Commons - CC BY 3.0

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