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A cada 11 minutos, uma vítima: Caminhos da Reportagem debate cultura do estupro

Criado em 11/06/16 18h57 e atualizado em 11/06/16 19h03
Por Caminhos da Reportagem Fonte:TV Brasil [2]

O caso de uma garota de 16 anos que foi estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro chocou o país. Vídeos feitos pelos jovens que cometeram o crime foram mostrados nas redes sociais e causaram forte reação de denúncia de violência sexual e atos machistas, como a própria divulgação das imagens e comentários sobre a menor que abusada.

Como se dá o atendimento a vítimas de violência sexual no país? No caso do estupro coletivo no Rio de Janeiro, as reações nas redes sociais e nas ruas levaram as autoridades a se movimentar: além de o delegado do caso ter sido afastado devido ao tratamento dado à garota durante o depoimento, o Senado aprovou uma punição maior para o crime de estupro, agora de 25 a 30 anos de prisão.

Nas redes sociais, as reações são diversas. Há comentários de condenação dos atos de violência sexual, bem como argumentos machistas que colocam a mulher como “merecedora” da violência.

A cada 11 minutos, uma mulher é estuprada no Brasil. Muitas vezes, as vítimas têm que conviver com a dor e com o medo, já que a maior parte dos agressores não é punida. Em Brasília, uma jovem foi estuprada e morta dentro de casa por um jardineiro que, meses antes, havia estuprado outra garota e, na época, o estuprador chegou a ser localizado, mas nada foi feito.

No filme A Filha da Índia, a cineasta britânica Leslee Udwin conta a história de uma indiana que foi estuprada por seis homens. Para a diretora, o cinema é uma ferramenta poderosa para expor a situação, manter o assunto vivo e aumentar a consciência, mas não é o suficiente para mudar as atitudes. As mudanças culturais surgem a partir da pressão social das ruas e das mulheres por mudanças na lei e pelo cumprimento delas.

Creative Commons - CC BY 3.0

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