A escritora Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ser escolhida como membro da Academia Brasileira de Letras, em 1977

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Há exatos 10 anos, Brasil perdia Rachel de Queiroz

Criado em 04/11/13 08h20 e atualizado em 04/11/13 08h44
Por Ana Elisa Santana Fonte:Portal EBC

Rachel de Queiroz
A escritora Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ser escolhida como membro da Academia Brasileira de Letras, em 1977 (Reprodução)

Uma das escritoras mais importantes da literatura brasileira, a cearense Rachel de Queiroz morria há exatos 10 anos, no Rio de Janeiro. Romancista, jornalista, tradutora, cronista e dramaturga, Rachel foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, assumindo a cadeira 5 da instituição em 4 de novembro de 1977. Ela era descendente, por parte materna, da família do também escritor José de Alencar.

Rachel de Queiroz ficou conhecida em 1930, quando publicou O Quinze. O romance mostra a realidade da seca nordestina e demonstra a preocupação da autora com questões sociais, fazendo uma análise psicológica dos personagens. Essas características se tornariam marcantes em toda a sua obra.

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A escritora ganhou o prêmio Jabuti de Literatura Infantil, em 1970, e de Romance, em 1993, ano em que foi agraciada ainda com o Prêmio Camões, o mais importante reconhecimento literário em língua portuguesa. A carreira de Rachel de Queiroz inclui também a tradução de dezenas de livros, de autores como Jane Austen, Fiódor Dostoiévski, François Mauriac, Agatha Christie e Júlio Verne.

Na imprensa, Rachel de Queiroz começou na década de 1920 escrevendo crônicas e poemas, usando o pseudônimo de Rita de Queluz. Ao longo da vida, durante trinta anos ela escreveu crônicas para a revista semanal O Cruzeiro e, depois, para o jornal O Estado de S. Paulo.

Na década de 1930, a escritora se envolveu com o Partido Comunista, mas rompeu com o grupo após ter proibida a publicação de seu segundo livro, João Miguel. Com a decretação do Estado Novo, teve obras tidas como "subversivas" que foram queimadas em Salvador (BA), junto com livros de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos. Em 1937, foi presa em Fortaleza (CE) durante três meses sob a acusação de ser comunista.

Em 1964, Rachel de Queiroz apoiou a ditadura militar que se instalava no Brasil. Integrou o Conselho Federal de Cultura, onde permaneceu até 1985, e também o diretório nacional da Arena, partido político de sustentação do regime.

Abaixo, publicamos o especial "Mestres da Literatura", produzido pela TV Escola [3], que mostra as facetas menos conhecidas de Rachel de Queiroz. Com o depoimento de familiares, amigos e especialistas em sua obra, o documentário traça as características pelas quais a escritora se tornou célebre. Assista:
 

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