Rio de Janeiro - Governo inaugurou hoje (03) a 33ª Unidade de Polícia Pacificadora. A UPP Cerro-Corá vai beneficiar 4.500 moradores de cinco comunidades da Zona Sul da cidade.

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Documentário mostra iniciativa de mapeamento virtual de comunidades

Criado em 29/04/14 23h17 e atualizado em 07/07/16 14h25
Por Paulo Virgilio Fonte:Agência Brasil [2]

Com exceção de algumas vias que cortam as comunidades, as favelas do Rio de Janeiro não estão representadas - com ruas, becos e vielas - nos mapas oficiais da cidade e tampouco nos mapas digitais do Google. Até mesmo comunidades já consideradas bairros pela prefeitura do Rio, como Rocinha, Maré e Santa Marta, enfrentam em seu cotidiano essa carência de informação.

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As questões práticas e simbólicas que resultam da falta de uma cartografia em áreas que abrigam 22% da população carioca, de acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são o tema do documentário Todo mapa Tem um Discurso, lançado hoje (29), no Planetário da Gávea, zona sul do Rio.Com roteiro, montagem e direção de Francine Albernaz e Thais Inácio, o filme é uma realização do Programa Rede Jovem, responsável pela criação do projeto Wikimapa, que desde 2009 já mapeou diversas comunidades do município do Rio, da Baixada Fluminense e até de São Paulo, onde chegou à favela do Capão Redondo.

Tecnologia social voltada para o desenvolvimento de áreas marginalizadas, o Wikimapa é um mapa virtual colaborativo, que além da cartografia de ruas, becos e vielas assinala pontos de interesse nas comunidades. A edição é feita por diversos participantes, através da internet ou do telefone celular.

“A ideia é ser colaborativo, é garantir que todo mundo produza e insira conteúdo, e que isso não passe por uma moderação”, explica a géografa Natália Aisengart Santos, diretora executiva do Programa Rede Jovem. De acordo com outra diretora do programa, a antropóloga Patricia Azevedo, o importante é que a inserção de informações nos mapas virtuais se dá a partir da mobilização comunitária.

“A gente podia chegar numa vendinha, se apresentar como do Wikimapa e dizer 'eu quero botar sua vendinha no mapa'. Só que issso para a gente não faz muito sentido. A gente quer, na verdade, que as pessoas que moram no local digam o que têm, o que é legal e o que não é legal”, diz Patrícia.

O documentário também apresenta iniciativas de mídia independente nas favelas, como a Escola Popular de Comunicação Crítica (Espocc), projeto do Observatório de Favelas no Complexo da Maré, e o site Viva Rocinha. Histórias de moradores que lutam por suas comunidades e iniciativas de desenvolvimento econômico local, como o turismo nas favelas, também são mostradas no filme.

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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