Ferreira Gullar fala sobre a sustentabilidade no projeto +20 Ideias para girar o mundo

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Morre o poeta Ferreira Gullar, aos 86 anos

Criado em 04/12/16 11h57 e atualizado em 04/12/16 12h51
Por Priscila Ferreira* Fonte:Portal EBC

O poeta, crítico e dramaturgo Ferreira Gullar morreu aos 86 anos [2]. O escritor estava internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi informada.

Ferreira Gullar nasceu em São Luís, no Maranhão, em 10 de setembro de 1930, com o nome de José Ribamar Ferreira. Participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador e ativo na cultura brasileira.

 "Se costuma dizer que a arte revela a realidade. Não é verdade; a arte inventa a realidade. E eu costumo dizer também que a arte existe porque a vida não basta. O homem está sempre querendo que a vida seja mais do que ela é."

O poeta comparava a cidade onde nasceu a Macondo, cidade fictícia do romance Cem Anos de Solidão, do colombiano Gabriel Garcia Marquez, onde tudo acontece depois. Dizia que as novidades demoravam a chegar em São Luís e, por isso, quando começou a escrever, era como se estivesse no século passado.

Em pouco tempo sentiu necessidade de se mudar. “Eu não aguentava mais ficar em Macondo e vim para o Rio de Janeiro. Tinha 21 anos de idade”. Na cidade, publicou, em 1954, o livro A Luta Corporal. “É um livro que termina com a desintegração da linguagem, quer dizer, nada mais contrário à arte concreta. Mesmo assim eu me interessava pela arte concreta”.

Por ser comunista, Gullar enfrentou perseguição no período da ditadura no Brasil e acabou tendo que sair do país. Morou em Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires.

Foi na capital argentina que escreveu o Poema Sujo. De acordo com o escritor, ao mostrar o poema ao amigo Vinícius de Moraes, ele pediu que o gravasse. E foi assim, com a voz de Gullar, que Poema Sujo chegou ao Brasil. Depois de algumas cópias, a obra foi publicada em 1976.

“A minha vida nasce do espanto. Eu nunca planejei ser poeta ou fazer carreira literária. O que me apaixona eu vivo.”

Em 2014, por quase unanimidade, a Academia Brasileira de Letras (ABL) imortalizou o poeta na cadeira 37, vaga com a morte do poeta e tradutor Ivan Junqueira.

 

* Com informações da Agência Brasil.

Creative Commons - CC BY 3.0

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